Temos que batalhar para ter mais recursos para Educação Integral, diz Filippi

O prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior, valorizou o investimento em projetos educacionais e o processo de reconstrução de um olhar para o setor durante o Primeiro Seminário Nacional de Educação Integral, que aconteceu em Diadema entre sexta-feira (25) e sábado (26).

Na abertura do Seminário, que foi realizado no Teatro Clara Nunes e na subsede de Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Filippi lembrou de congressos da educação realizados no começo dos anos 1990, com a presença do educador Paulo Freire. Citou que, desde aquele período, houve mobilização para aumento dos repasses para a Educação Integral, avanço que foi interrompido nos últimos quatro anos pelo Governo Federal.

“Como sempre diz o professor Darcy Ribeiro, a crise no Brasil é um projeto. Por muito tempo conseguimos furar esse bloqueio, elevamos os recursos para a Educação, valorizamos a educação para crianças de 0 a 3 anos. Mas, desde 2016, temos visto a fala do professor Darcy Ribeiro entrar em ação. É uma disputa contínua que temos de travar”, comentou Filippi. “A educação integral cumpre um papel muito grande. Temos que batalhar mais para ter cada vez mais recursos para a educação.”

Foram dois dias de mesas de debate com especialistas de todo o Brasil a respeito da Educação Integral. Na abertura, cerca de 400 pessoas lotaram o Teatro Clara Nunes. Os eventos foram transmitidos pelas redes sociais da Prefeitura de Diadema, com mais de 2.000 visualizações.

“Diadema é referência de trabalho sério e comprometido para que tenhamos um Brasil melhor. Somos uma cidade humilde da Região Metropolitana, que compõe o ABCD Paulista, que luta pelos direitos da educação e também pelos direitos à cidadania da infância, da juventude, do adulto e do idoso por meio da educação”, disse a secretária de Educação, Ana Lucia Sanches.

Uma das palestrantes, a diretora geral da Associação Cidade Escola Aprendiz, Natacha Costa, pontuou que é necessário debater e construir políticas públicas de educação integral que levem em consideração as características de cada região do Brasil. “O risco de se pensar modelos únicos e centralizados é reforçar a trajetória de exclusão, porque ao criar modelos únicos de currículos, avaliações, etc, nós dizemos que cabem só aqueles que couberam e, os que não couberam não couberam.”

O evento reuniu outros especialistas do setor, como o doutor em educação e professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Sergio Stoco; e a pesquisadora e professora titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, integrante Observatório Nacional de Educação Integral e uma das idealizadoras do programa Mais Educação, lançado pelo governo federal em 2010, Jaqueline Moll.