STF desmascara plano golpista: Prisão de cinco revela conspiração para assassinar Lula, Alckmin e Moraes
Conspiradores são presos e Brasil encara crise política sem precedentes após vitórias eleitorais de Lula.
- Data: 20/11/2024 09:11
- Alterado: 20/11/2024 09:11
- Autor: Redação
- Fonte: Metrópoles
Crédito:Reprodução
Em um desenrolar de eventos que abala o cenário político brasileiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou pública a decisão que levou à prisão de cinco indivíduos acusados de planejar um golpe de Estado. Se concretizado, esse plano teria resultado no assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em um contexto de crescente tensão política, o presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu-se com assessores e ministros para discutir estratégias diante da iminente vitória eleitoral de Lula. Em declarações registradas, Bolsonaro expressou a urgência em tomar medidas antes das eleições, enquanto o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, também manifestou apoio a ações drásticas.
As investigações revelaram que uma gravação crucial foi encontrada no computador do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Durante os momentos turbulentos que se seguiram à derrota de Bolsonaro nas urnas, caminhoneiros bloquearam estradas em todo o país clamando por intervenção federal. O presidente demorou quase três dias para intervir e solicitar a liberação das vias.
Relatórios da Polícia Federal indicam que o plano para eliminar Lula, Alckmin e Moraes foi desenvolvido dentro do Palácio do Planalto por Mário Fernandes, general da reserva. Documentos sugerem que Fernandes apresentou o plano ao Palácio da Alvorada. Além disso, uma carta assinada por 37 militares circulou entre grupos de WhatsApp, pressionando o comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, a aderir ao golpe.
Bolsonaro teria se encontrado com Freire Gomes para discutir um documento que propunha a instauração de um Estado de Defesa e a formação de uma comissão para revisar o processo eleitoral. Mensagens interceptadas pela Polícia Federal revelam que Bolsonaro comunicou a Fernandes que qualquer tentativa golpista deveria ocorrer até 31 de dezembro.
O relatório policial aponta ainda reuniões entre Bolsonaro e o Comandante de Operações Terrestres do Exército, general Estevam Cals Theofilo, sobre o possível apoio militar ao golpe. Paralelamente, apoiadores do presidente acampados em Brasília vandalizaram a sede da Polícia Federal após Lula ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Apesar dos esforços conspiratórios, o plano para assassinar as lideranças políticas foi abortado. Os militares encarregados não conseguiram executar a ação contra Alexandre de Moraes. Em outro incidente frustrado, três homens tentaram detonar uma bomba em um caminhão-tanque próximo ao aeroporto de Brasília, mas foram impedidos pela rápida intervenção da Polícia Militar.
Os desdobramentos culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília por manifestantes pró-Bolsonaro acampados na capital federal. A situação evidenciou a gravidade da crise política enfrentada pelo Brasil e as ameaças à estabilidade democrática do país.