SPU Avança na Demarcação de Terrenos de Marinha no Litoral Norte de SP

Processo Promete Impactar em Milhões na Arrecadação e Levantar Debates Acirrados.

  • Data: 21/11/2024 00:11
  • Alterado: 21/11/2024 00:11
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria
SPU Avança na Demarcação de Terrenos de Marinha no Litoral Norte de SP

Crédito:Reprodução - Raimundo Rosa/PMS

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A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) está intensificando esforços para a demarcação de terrenos de marinha em Caraguatatuba, São Sebastião e Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Em colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), a SPU organiza uma audiência pública para debater este processo, que é essencial para a regularização fundiária dessas áreas. Interessados têm a oportunidade de contribuir com informações valiosas, como fotos e registros cartoriais, que possam auxiliar na identificação precisa dos terrenos.

O projeto visa concluir a demarcação até 2025, trazendo à tona questões polêmicas sobre o uso e propriedade dessas áreas, historicamente pertencentes à União desde 1831. A recente “PEC das Praias”, relatada pelo senador Flávio Bolsonaro, gerou debates ao propor alterações na arrecadação dos impostos pagos por esses imóveis, sem afetar o acesso público às praias.

Ilhabela já está em fase avançada deste processo, ajustando detalhes finais para a conclusão. Os terrenos de marinha representam faixas de 33 metros a partir da linha das marés e têm implicações significativas sobre a tributação e propriedade das áreas litorâneas. Atualmente, muitos desses terrenos ainda não estão cadastrados oficialmente, apesar de estima-se que existam cerca de 2,9 milhões de imóveis nesses locais.

A arrecadação sobre os terrenos de marinha em 2023 atingiu aproximadamente R$ 750 milhões, refletindo a importância econômica dessas áreas para os cofres federais. Com cerca de 48 mil km de costa no Brasil, sendo apenas 15 mil km devidamente demarcados, o trabalho da SPU é crucial para garantir transparência e regularidade na administração desses bens.

O acesso às praias continua garantido pelo Código Civil como um direito comum, mas a gestão das áreas adjacentes segue sob intenso debate político e jurídico.

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  • Data: 21/11/2024 12:11
  • Alterado:21/11/2024 00:11
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