SOGESP alerta sobre disseminação de vírus
Alerta sobre a disseminação do metapneumovírus humano (HMPV), com aumento de casos respiratórios e internações, especialmente em grupos vulneráveis.
- Data: 10/01/2025 21:01
- Alterado: 10/01/2025 21:01
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Vacina direcionada a classe de vírus Orthopoxvírus gera imunidade ao Mpox
Crédito:Divulgação/Shutterstock
Em dezembro de 2024, um novo alerta sobre a disseminação de um vírus que causa infecção respiratória e está causando aumento da necessidade de internação hospitalar soou nos órgãos de saúde pública. Estes casos foram relatados na China, particularmente nas províncias do norte do país. Com a lembrança recente da pandemia de covid-19, a situação gerou preocupação mundial pelo temor de uma nova epidemia.
Esse patógeno é o metapneumovírus humano (HMPV), identificado pela primeira vez em 2001, é um vírus que causa infecções respiratórias, pertencente da família Paramyxoviridae, semelhante ao vírus sincicial respiratório (RSV). Estas infecções respiratórias variam de leves a graves, incluindo sintomas como tosse, febre, congestão nasal e, em casos mais severos, bronquiolite ou pneumonia.
Embora alguns casos de infecção respiratória pelo HMPV necessitem hospitalização, a maioria das pessoas apresenta sintomas leves do trato respiratório superior, semelhantes ao resfriado comum, e recuperação após alguns dias. Ele é uma das principais causas de doenças respiratórias agudas em grupos vulneráveis, como crianças, idosos e indivíduos com sistema imunológico comprometido, que têm maior risco de complicações.
Não existe tratamento antiviral específico nem vacinas, o que torna fundamental a prevenção. Medidas simples, como higienizar frequentemente as mãos, evitar aglomerações e cobrir a boca ao tossir, são primordiais para reduzir o risco de contágio.
Estudos recentes também destacam a importância de testes de diagnóstico rápido e preciso para facilitar o manejo clínico e a contenção de surtos futuros.
A OMS veio a público referindo que o aumento observado na detecção de patógenos respiratórios está dentro do esperado para esta época do ano, especialmente durante o inverno no hemisfério Norte. Informou, também, que está em contato com as autoridades de saúde chinesas e não recebeu relato de padrões incomuns de surtos. As autoridades chinesas relatam que o sistema de saúde não está sobrecarregado e não foram desencadeadas declarações ou respostas de emergência.
A OMS recomenda, então, que os indivíduos em áreas onde é inverno tomem as precauções normais para prevenir a propagação e reduzir os riscos representados pelos agentes patogênicos respiratórios, especialmente para os indivíduos mais vulneráveis. Pessoas com sintomas leves devem ficar em casa para evitar infectar outras pessoas. Indivíduos de alto risco ou com sintomas graves devem procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Os indivíduos também devem considerar o uso de máscara em espaços com aglomeração ou mal ventilados, cobrir boca e nariz na ocorrência de tosses e espirros com um lenço de papel ou cotovelo dobrado, lavar as mãos regularmente, medidas de prevenção que ficaram muito conhecidas na pandemia recente.
A OMS aconselha manter vigilância dos agentes patogênicos respiratórios, mas sem aconselhar quaisquer restrições de viagem. A Sogesp reforça que até o momento não há nenhuma orientação para gestantes e puérperas, mas como elas constituem grupo de maior risco para infecções respiratórias em geral, as orientações de evitação de contágio devem fazer parte de todos os atendimentos obstétricos.