Setembro Verde: saiba como doar medula óssea
Estado de São Paulo concentra mais de um milhão de doadores voluntários de medula óssea, segundo o REDOME
- Data: 20/09/2024 17:09
- Alterado: 20/09/2024 17:09
- Autor: Redação
- Fonte: IBCC Oncologia
Setembro Verde Claro reforça a conscientização sobre o câncer de ovário
Crédito:Reprodução
Com a chegada de setembro, o debate sobre a doação de órgãos ganha relevância no cenário da saúde, o que engloba também a doação de medula óssea, um tecido existente no interior dos ossos, também considerado um órgão conhecido na linguagem popular como tutano.
Atualmente, no estado de São Paulo existem cerca de 1,4 milhão de doadores de medula óssea cadastrados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). A doação de medula óssea é essencial para a saúde de pacientes com doenças no sangue, como leucemia, anemia aplástica e outros distúrbios hematológicos.
Maria Cristina Macedo, hematologista do IBCC Oncologia, destaca que, em alguns casos, a doação pode ser a única chance de um paciente. “Especialmente quando acontecem reincidências que as outras opções de tratamento não são efetivas, o transplante é a alternativa que tem maior chance de cura para o paciente”, comenta ela.
Este ano até julho de 2024, cerca de 219 transplantes não aparentados foram realizados, segundo o REDOME. Os transplantes não aparentados de medula óssea ampliam significativamente a possibilidade de encontrar um doador compatível para pacientes que precisam de um transplante, especialmente aqueles que não têm doadores compatíveis na família.
Quais doenças podem ser tratadas com o transplante?
O transplante de medula óssea pode ser uma alternativa para diversas doenças sanguíneas e hematológicas. Entre as principais condições que podem ser tratadas ou curadas com o procedimento, destacam-se:
Leucemia: um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos.
Anemia aplástica: uma condição rara onde a medula óssea não produz células sanguíneas suficientes.
Linfomas: cânceres que afetam o sistema linfático.
Mieloma múltiplo: o câncer das células plasmáticas, um tipo de glóbulo branco que é responsável pela produção de anticorpos, na medula óssea.
Doenças genéticas: como talassemia e anemia falciforme, que afetam a produção de células sanguíneas.
“Vale ressaltar que a diversidade genética dos doadores voluntários é importante para aumentar as chances de que os pacientes encontrem doadores compatíveis com mais agilidade”, explica a hematologista.
Para doar medula óssea no Brasil, é preciso ir até o hemocentro mais próximo de você e informar seu desejo de se cadastrar como doador de medula óssea. Em seguida, será coletada uma pequena amostra de sangue para a realização do teste de compatibilidade (HLA). Com isso, seus dados serão cadastrados no REDOME para que esteja disponível para doação, quando um paciente for compatível com você.
A hematologista destaca que é importante manter os dados atualizados no REDOME para que você possa ser localizado rapidamente, caso seja compatível com algum paciente. Se for encontrado um paciente compatível, você será contatado e passará por exames adicionais para confirmar a compatibilidade e verificação de sua saúde.
“A doação é segura e pode ser feita de duas maneiras: pela coleta direta da medula óssea do osso do quadril (sob anestesia) ou pela coleta de células-tronco do sangue periférico (semelhante a uma doação de sangue), tornando mais fácil o processo de doação para os voluntários”, reforça a especialista.