Sesc Santo André recebe Duofel e grupos Tarancón e Raíces de América

O Teatro do Sesc Santo André recebe no final de janeiro shows com clássicos da música instrumental brasileira e repertório de ritmos latino-americanos. No dia 25, sexta-feira, a unidade recebe o Duofel, duo de violões formado por Fernando Melo e Luiz Bueno, que relembram momentos importantes e faixas que marcaram a trajetória da dupla desde sua formação, em 1978. No sábado, dia 26, o grupo Tarancón se encontra com o Raíces de América, duas bandas que tem como foco a pesquisa e divulgação da diversidade musical latino-americana.

Duofel 40 anos

Dia 25/1, sexta-feira, às 21h.

Ingressos nos valores de R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia-entrada) e R$ 6,00 (trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes com Credencial Plena). Disponíveis no Portal Sesc SP a partir de 15/1, às 12h, ou nas Bilheterias da Rede Sesc a partir do dia 16/1, às 17h30.

Recomendação etária: 12 anos.

O alagoano Fernando Melo e o paulista Luiz Bueno passeiam por sucessos como “Disparada”, “Pede, moleque!”, “Espelho das Águas”, “Casa Forte”, entre outros, e relembram momentos importantes desde a formação da dupla em 1978, revisitando as parcerias com nomes de destaque da música brasileira e o reconhecimento na cena da música instrumental.

Após lançarem doze discos e dois DVDs, o Duofel trabalhou diuturnamente na preparação do repertório que hoje traz ao seu público cativo, sempre fiel ao seu jeito de trabalhar as sonoridades dos violões. O trabalho da dupla é resultado de 40 anos de pesquisas, ensaios e shows. Luiz Bueno, paulistano, 60 anos e Fernando Melo, alagoano de Arapiraca, 56 anos, têm em comum o fato de acreditarem com rara obstinação na sua proposta musical. Em seus arranjos, o duo prima por explorar as múltiplas o sonoridades do violão e de outros instrumentos, dando timbres originais a suas composições.

Após quatro décadas de trajetória, o Duofel lançou trabalhos que se debruçam sobre ritmos do folclore brasileiro, canções de outros compositores como Hermeto Pascoal gravado com arranjos próprios, clássicos internacionais como Beatles, além da música popular brasileira e toda a riqueza da música instrumental. No Sesc Santo André, o duo apresenta uma síntese toda a carreira e enaltecem seu repertório tocado em palcos brasileiros, da América e da Europa.

Tarancón e Grupo Raíces de América

Dia 26/1, sábado, às 20h.

Ingressos nos valores de R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia-entrada) e R$ 6,00 (trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes com Credencial Plena). Disponíveis no Portal Sesc SP a partir de 15/1, às 12h, ou nas Bilheterias da Rede Sesc a partir do dia 16/1, às 17h30.

Recomendação etária: 12 anos.

Os grupos Tarancón e Raíces de América se encontram no Sesc Santo André para celebrar o repertório de ritmos e canções latino-americanas, um trabalho construído ao longo de décadas de atuação nos palcos e a partir de pesquisas da cultura afro-latina. Os grupos são as principais referências na difusão da música latino-americana no Brasil. Juntos, durante as décadas de setenta e oitenta, marcaram a geração dos anos pós-68 e pós-Woodstock. No palco, as bandas tocam repertório de Violeta Parra, Mercedes Sosa, Milton Nascimento, entre outros representantes da América do Sul.

Raíces de América

Em 1979, artistas brasileiros, argentinos e chilenos, moradores de São Paulo, formaram um grupo de música latino-americana, que misturava o som característico dos instrumentos andino, como as tarkas, os charangos e as quenas, a violões e ao baixo elétrico. O grupo, que se denominou Raices de America, estreou em 1980, no Teatro Procópio Ferreira, em show dirigido por Flávio Rangel, com a participação da atriz Isabel Ribeiro. O sucesso foi imediato e foi seguido de grande repercussão na venda dos quatro discos que lançou nos anos seguintes, com músicas de gente como Atahualpa Yupanqui, Violeta Parra e Daniel Vigliette.

Tarancón

O Tarancón é o primeiro grupo brasileiro a pesquisar e a divulgar a música feita nos países da América Latina. Unindo instrumentos originados nos Andes como a zamponha (flauta de pã), a quena (flauta de um único bambu), a tarka (flauta no formato de totens), o bombo-leguero (bumbo de pele de ovelha), o charango, ao violão e baixo, o grupo consegue fazer uma síntese entre os sons do folclore e do cancioneiro latino-americano. Os primeiros ensaios aconteceram em 1972. As primeiras apresentações foram em faculdades, centros acadêmicos e universidades com repertório formado por canções folclóricas e de protesto. Dividiu shows com Mercedes Sosa, Milton Nascimento, Chico Buarque, Almir Sater, entre outros. Em sua carreira destaca-se a participação do Festival dos Festivais da TV Globo em 1985, com a música Mira Ira – de Lula Barbosa e Vanderlei de Castro, que ganhou os prêmios de melhor arranjo e segundo lugar geral. O Tarancón lançou nove discos: Gracias a La Vida (1976), Lo único que Tengo (1978), Rever Minha Terra (1979), Bom Dia (1981), Ao vivo (1982), Amazona Vingadora (1985), Terra Canabis (1986), Mama Hue (1988) e Vuelvo para (1997). O disco mais recente, Vuelvo para Vivir, comemora 25 anos do grupo.