Senado aprova pacote de cortes de gastos do governo Lula com 72 votos
Medida busca equilibrar contas e gera polêmica nas emendas parlamentares.
- Data: 19/12/2024 20:12
- Alterado: 19/12/2024 20:12
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Lula Marques/Agência Brasil
Na quinta-feira, 19 de outubro, o Senado aprovou o primeiro projeto do pacote de corte de gastos enviado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional, com um expressivo apoio de 72 votos a favor e apenas 1 contra. Este movimento ocorre em um contexto de necessidade de ajustes fiscais, à medida que o governo busca equilibrar suas contas. A aprovação do texto-base foi essencial para garantir sua sanção pelo presidente da República antes do recesso parlamentar. O projeto, relatado pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner , foi facilitado pela votação remota autorizada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco . Essa decisão possibilitou a aprovação em um plenário vazio , com muitos senadores ausentes. Embora o projeto não inclua alguns pontos centrais do pacote, como limitações ao ganho real do salário mínimo e mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) , ele introduziu novos mecanismos de ajuste fiscal . Um dos aspectos mais controversos foi a Restrição ao bloqueio de emendas parlamentares , que agora abrange apenas as não impositivas . Outro ponto significativo é a desvinculação de recursos de cinco fundos públicos para reduzir as dívidas do governo , embora a versão original contemple uma flexibilização mais abrangente. Além disso, o Senado manteve a decisão da Câmara sobre a extinção do novo DPVAT , que havia sido reintroduzido recentemente. O ministro Alexandre Padilha defendeu a posição do governo e minimizou as críticas sobre a desidratação do projeto, afirmando que as alterações fazem parte do processo legislativo normal. Em conclusão, a aprovação deste projeto representa um passo importante na trajetória fiscal do governo Lula, mesmo diante de desafios importantes e críticas sobre a efetividade das medidas propostas.