Seminário de assistência social em Diadema tem a marca da inclusão
Evento pediu o fim do preconceito em relação às pessoas com deficiência; atividade marcou celebração pelo Dia do Assistente Social
- Data: 16/05/2024 19:05
- Alterado: 16/05/2024 19:05
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Crédito:Pedro Roque/Divulgação
O Dia do Assistente Social foi lembrado em Diadema com a realização de um seminário que teve a marca da inclusão social, ao destacar a necessidade de os profissionais se envolverem na luta anticapacitista com o objetivo de acabar com o preconceito de que as pessoas com deficiência são incapazes. O evento foi realizado na quarta-feira (16) na sede da Recad – Rede de Atenção Especial aos Conselhos Municipais de Direitos.
“O capacitismo é a discriminação por motivo de deficiência, está arraigado nas pessoas como o racismo e o machismo, e é uma das violações aos Direitos Humanos”, explicou a coordenadora do curso de Serviço Social da FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas, Márcia Guerra.
A professora disse que sua participação no seminário era para provocar os profissionais a fazerem uma reflexão de suas práticas. “As pessoas com deficiência têm potencialidades que devem ser desenvolvidas, que vai resultar na melhoria de sua qualidade de vida”.
Ela comenta sobre a estreita ligação entre a assistência social e os Direitos Humanos. “Os Direitos Humanos são a garantia de dignidade e respeito para com a população, e a assistência vai promover acesso a políticas públicas, benefícios, proteção social e também documentação, informação e orientação, que significa cidadania”.
Márcia Guerra comentou que Diadema é uma referência nacional na área, pois foi uma das primeiras cidades do país a implantar o Sistema Único de Assistência Social, em 2004.
Diadema é uma referência nacional na assistência social
“Diadema tem um histórico de participação popular e de construção e fortalecimento de políticas públicas, e isso garantiu que a assistência social na cidade viesse se consolidando e aprimorando ao longo dos anos”, disse Márcia Barral, secretária de Assistência Social e Cidadania.
“Essa consolidação faz com que a assistência social seja tratada como um direito e não como um favor, sem um viés assistencialista”, disse ela.
Durante o seminário, a educadora Sandra Lacerda realizou uma vivência na qual os participantes colocaram uma venda preta nos olhos para simular a condição de deficiente visual, enquanto ela descrevia situações de inclusão e exclusão.
“O uso da venda é para provocar um sentimento de empatia e também observar como as pessoas se sentem em receber uma informação que não está adequada à linguagem que ela precisa. É preciso aguçar o sentido e ampliar o olhar para ver a pessoa com deficiência além da acessibilidade”, ponderou.
Para Talita Viana Miranda, que trabalha no CRAS Centro, o seminário foi importante para as pessoas fazerem uma reflexão sobre o cotidiano profissional. “Também foi um momento de interação com os outros serviços e serviu para a gente dar uma olhada de fora da nossa rotina, ter uma visão mais crítica”, disse.
Para Maristela Cardoso, do Instituto Jêsue, o seminário serviu para empoderar os participantes. “Saio daqui uma nova assistente social. Foi maravilhoso, e nos deu ânimo para continuarmos nosso projeto e se empenhar ainda mais para as causas sociais”.