Semasa flagra caça ilegal de urutau e coleirinho no Parque do Pedroso
Infratores foram identificados e vão responder por crime ambiental, com recebimento de multas que somam mais de R$ 12 mil; urutau não sobreviveu após sofrer várias lesões
- Data: 27/02/2022 07:02
- Alterado: 27/02/2022 07:02
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de Santo André
Crédito:Divulgação / Semasa
Uma ave urutau (Nyctibius griseus) e um pássaro coleirinho (Sporophila caerulescens) foram vítimas de caça ilegal em uma área do Parque do Pedroso, que é uma Unidade de Conservação e cuja prática, portanto, é crime ambiental. Após denúncia de um frequentador do local, os infratores foram pegos em flagrante pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e pela Polícia Ambiental. Os responsáveis foram encaminhados ao 6º Distrito Policial de Santo André na noite da última sexta-feira (25) e podem receber multas que somam mais de R$ 12 mil.
O urutau foi encontrado ainda com vida, mas não sobreviveu após sofrer várias lesões causadas com ataques por pedras. “O coleirinho será encaminhado ao Craspet (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Parque Ecológico do Tietê) para ser reabilitado e posteriormente solto”, explica a bióloga e encarregada do Departamento de Proteção e Bem-estar Animal da Prefeitura de Santo André, Daniela Freire.
A Polícia Ambiental apreendeu dois facões, sete pedras, um estilingue, uma gaiola, uma faca pequena e uma mochila. A testemunha do crime ambiental também informou que os indivíduos mataram uma cobra e depois a jogaram na vegetação. A equipe do Semasa tentou localizá-la, mas até a tarde deste sábado a serpente ainda não havia sido encontrada.
O Parque do Pedroso é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral desde 1998. A caça de animais, assim como a pesca e o nado nas lagoas do parque, é crime ambiental. A multa varia entre 500 a 10.000 FMPs (Fator Monetário Padrão), ou seja, entre R$ 2.146,25 e R$ 42.925,00.
“A equipe do Semasa que cuida do Parque do Pedroso, assim como a Polícia Ambiental, realiza fiscalizações para preservar a flora e a fauna e combater irregularidades, mas nós também contamos com o apoio dos frequentadores do local. Se alguém verificar capturas e maus-tratos de animais dentro do parque e demais crimes contra o meio ambiente é importante denunciar”, explica o superintendente do Semasa, Gilvan Junior.