Segundo turno da reforma deve ficar para o dia 22, diz líder do PSL no Senado
O senador Major Olímpio (PSL-SP), líder do partido de Bolsonaro, no Senado, disse hoje, 7, que talvez a Casa consiga votar o segundo da reforma da Previdência apenas no dia 22 de outubro
- Data: 07/10/2019 16:10
- Alterado: 07/10/2019 16:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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Em evento na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Olímpio afirmou que o Senado poderia tentar votar o projeto no dia 15, mas que para isso os senadores que viajarão ao Vaticano nesta semana para acompanhar a canonização da Irmã Dulce precisariam voltar ao Brasil na próxima segunda-feira, 14.
“Mas eles já vão estar ali em Roma, viajando com recursos públicos”, ironizou o senador. “Meus colegas senadores estão querendo colocar situações para discutir e para protelar a reforma”, disse Major Olímpio, em referência ao impasse em torno da divisão dos recursos do leilão da cessão onerosa do pré-sal entre Estados e municípios.
Na semana passada, o desacordo fez com que os senadores reduzissem em R$ 76,4 bilhões a economia com a reforma em dez anos, com a derrubada de mudanças no pagamento do abono salarial durante a votação dos destaques ao projeto, após a aprovação do texto-base em primeiro turno no Senado.
“Temos esse impasse nesse momento. A Câmara não aceita o que nós votamos (sobre a divisão dos recursos da cessão onerosa), e nós não aceitamos o que a Câmara quer fazer. Queremos que o Executivo mande uma Medida Provisória”, defendeu o senador.
Olímpio lembrou que a previsão inicial era de que a reforma da Previdência fosse votada em segundo turno no Senado em 10 de outubro, mas afirmou que “em determinado momento, houve um entendimento de vários senadores e bancadas de que era o momento de pressionarem para conseguir alguns pleitos individuais.”
O senador defendeu a inclusão de Estados e municípios na reforma por meio da PEC Paralela, que tramita no Senado, e disse que a Câmara barrou a inclusão de Estados e municípios devido a interesses eleitorais. “A Câmara não quis (manter a regra) e as razões, dentre elas, é que ano que vem tem eleição. Fazer mudanças previdenciárias é uma coisa árida, não dá voto, mas é necessário”, afirmou.
Major Olímpio disse, ainda, que o interesse público deve vir antes de “qualquer interesse partidário e das urnas”. “Embora tenha havido uma renovação de 54% da Câmara dos Deputados, no momento de definir por Estados e municípios, preponderou o pensamento político.”