Segundo escolhido por Bolsonaro para a PF, Rolando diz que combaterá a corrupção
A insistência de Bolsonaro por Ramagem, seu amigo e de seus filhos, provoca mal-estar e desconfiança na PF. Ele nomeou Rolando Alexandre, mas não abre mão do barrado pelo STF
- Data: 08/05/2020 14:05
- Alterado: 08/05/2020 14:05
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
O texto é compartilhado após investida do governo Bolsonaro envolvendo seu primeiro escolhido para o comando da corporação Alexandre Ramagem.
Crédito:Reprodução
O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, enviou mensagem pela intranet da corporação nesta sexta-feira, 8, destacando que “não há parâmetros para dimensionar as dificuldades” que ele e seus pares vão enfrentar tendo em vista a pandemia do novo coronavírus e alertando que o “crime não retrocede e nem recrudesce”, se “aproveitando das circunstâncias para perpetrar injustiças”.
O texto é compartilhado após investida do governo Bolsonaro envolvendo seu primeiro escolhido para o comando da corporação Alexandre Ramagem.
“Combater o crime, nos seus mais variados modais, como corrupção tráfico de drogas e armas, crimes ambientais, previdenciários e tantos outros, será missão diária e que buscaremos incansavelmente”, afirmou o delegado. “A Polícia Federal é um corpo único e com grande consciência institucional. Conto com todos vocês. Somos fortes na linha avançada”, destacou em outro trecho do texto.
A mensagem de Rolando circula entre seus pares um dia após a Advocacia-geral da União (AGU) pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que reconsidere a decisão liminar que suspendeu a nomeação e posse do delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal.
Documento assinado pelo advogado da União José Affonso de Albuquerque Netto juntando nesta quinta-feira aos autos do processo que resultou na suspensão da nomeação de Ramagem registra que o pedido se dá “a fim de que o ato possa ser validamente renovado” pelo presidente Jair Bolsonaro.
Delegados ouvidos pela reportagem ponderam que a nova cúpula da instituição pode ficar insegura para iniciar sua gestão, vez que o presidente insiste no aliado que o acompanha desde que foi eleito.