Scarpa e Mayke vão à Justiça contra empresa de gestão financeira

Os jogadores perderam cerca de R$ 10,3 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJCm que tem o atacante Willian Bigode, do Fluminense

  • Data: 10/03/2023 15:03
  • Alterado: 10/03/2023 15:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Scarpa e Mayke vão à Justiça contra empresa de gestão financeira

Crédito:Cesar Greco/Palmeiras

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Os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perderem cerca de R$ 10,3 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem o atacante Willian Bigode, do Fluminense e na época do Palmeiras, como um dos sócios. Os três jogaram juntos no Palmeiras entre 2018 e 2021. O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 3,5% a 5% ao mês. O programa “Fantástico”, da Rede Globo, anunciou a reportagem para o fim de semana.

Scarpa, atualmente no Nottingham Forest, da Inglaterra, investiu R$ 6,3 milhões na empresa do amigo. Como não obtinha retorno e resultados, o meio-campista solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda. Nessa época, Scarpa foi informado de que teria o dinheiro de volta num prazo de 30 dias úteis e que o pagamento do valor investido seria reembolsado. Nada disso, no entanto, ocorreu. Um novo prazo foi estipulado, mas novamente o dinheiro não foi devolvido ao jogador.

O lateral-direito Mayke, que ainda joga no Palmeiras, viveu situação parecida. O atleta fez um investimento de R$ 4 milhões na Xland Holding. Pelo mesmo motivo, ele também solicitou o resgate da rentabilidade em outubro do ano passado, quando a empresa de Willian Bigode se comprometeu a realizar o pagamento em até dez dias úteis. O valor não foi devolvido até hoje.

Os jogadores conseguiram na Justiça o bloqueio e arresto de bens móveis, imóveis e pecúnia dos réus. Trata-se de Jean do Carmo Ribeiro e Gabriel de Souza Nascimento (Xland Holding Ltda); Willian Gomes de Siqueira (Willian Bigode), Loisy Marla Coelho Pires Siqueira e Camila Moreira de Biasi (WLJC Gestão Financeira); e Jucimar Gomes (Soluções Tecnologia LTDA), todos envolvidos com a formação da empresa.

No dia 3 de março, foi publicado no Diário de Justiça do Estado de São Paulo (DJSP) uma decisão em favor de Gustavo Scarpa bloqueando as contas dos sócios das empresas (incluindo o colega do Palmeiras, Willian Bigode) em até R$ 5.360.000,00, pleiteados na ação. A decisão foi deferida pelo juiz Danilo Fadel de Castro A ação corre na 10ª Vara Cível de São Paulo.

O caso de Mayke é similar ao de Scarpa. Em 27 de fevereiro, uma liminar foi proferida em favor do jogador do Palmeiras ordenando o bloqueio de até R$ 7.834.232,61 dos réus. Porém, apenas os sócios da Xland e as demais empresas são citadas na ação. Ou seja, a empresa de Willian está citada, mas seu nome não aparece A decisão foi deferida pelo juiz Christopher Alexander Roisin e ela corre na 14ª Vara Cível. O processo é movido não só por Mayke, mas também por sua mulher, Rayanne de Almeida.

O Palmeiras informou que não vai se manifestar sobre o tema por entender se tratar de um assunto particular dos jogadores. A assessoria Triple, que cuida das carreiras de Scarpa e Willian, informa que eles também não vão se manifestar neste momento. Em retorno do advogado de Willian Bigode, sua defesa alega que ele também foi vítima do golpe.

RELATOS OFICIAIS

Presentes, as vitimas Gustavo Henrique Furtado Scarpa e Mayke Rocha de Oliveira noticiam que há cerca de um ano realizaram investimentos financeiros com a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio de pagamentos para a Soluções Tecnologia Eireli , aportaram respectivamente os valores de: R$ 6.300.000,00 e R$ 4 083.000,00, com promessa de retorno entre 3,5% a 5,0 % ao mês. As vítimas iniciaram os investimentos por indicação e confiança depositada com o Willian Gomes de Siqueira, colega e jogador conhecido como Willian “Bigode”, proprietário da empresa WLJC Gestão Financeira. Segundo Gustavo Scarpa, (quando) solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda., lhe foi informado prazo de 30 dias úteis para pagamento do valor investido, porém, decorrido o prazo, nada aconteceu. Segundo responsáveis pelas empresas, Sr Jean e Gariel prometem os pagamentos, novamente nada acontece. Com relação a vítima Mayke Rocha, (quando) solicitou o resgate da rentabilidade na data 06/10/2022, a empresa se comprometeu a realizar o pagamento até em dez dias úteis, e também nada ocorreu.

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  • Data: 10/03/2023 03:03
  • Alterado:10/03/2023 15:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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