Saúde alerta para fatores de risco e identificação de sinais do Acidente Vascular Cerebral
Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa
- Data: 29/10/2024 13:10
- Alterado: 29/10/2024 13:10
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Crédito:Reprodução
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.
De acordo o Portal da Transparência do Centro de Registro Civil (CRC) do Brasil, com dados dos atestados de óbitos brasileiros, a mortalidade por AVC no Brasil cresceu nos últimos anos, chegando a 115.090 casos em 2022 e 112.052 em 2023, dados semelhantes aos registrados pelo Ministério da Saúde. Ao todo, estima-se que as doenças cardiovasculares, incluindo o infarto agudo do miocárdio, matem cerca de 400 mil brasileiros por ano, configurando-se, portanto, na principal causa de óbitos.
Sinais e diagnóstico
Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. Desta forma, torna-se primordial ficar atento aos sinais e sintomas e procurar atendimento médico imediato. Por isso, em 29 de outubro o calendário de saúde assinala o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral, dedicado à conscientização sobre as formas de prevenir e identificar o AVC.
De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC é uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação completa. Sendo assim, é primordial a identificação dos sinais de alerta, para o reconhecimento da ocorrência.
Os mais comuns são: alterações na fala; dificuldade para entender comandos simples; confusão mental; perda visual em um ou nos dois olhos; convulsão; perda de força e/ou sensibilidade em um ou ambos os lados do corpo; perda de equilíbrio, coordenação ou dificuldade para andar e dor de cabeça intensa.
Em caso de reconhecimento desses sintomas, deve-se ligar imediatamente para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu 192), que será o responsável pela triagem dos pacientes com suspeita de AVC, ou se dirigir à unidade de saúde mais próxima.
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. A tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia.
Testes para auxiliar na detecção
- Verifique se o paciente está com a boca torta e peça para que ele dê um sorriso. Se o rosto permanecer imóvel, pode ser AVC;
- Caso ele reclame de perda de força nos braços, peça para que levante as mãos para o alto. Se não conseguir, fique alerta;
- Fale uma frase ao paciente e peça para que ele repita. Caso tenha dificuldade, providencie atendimento médico imediatamente.
Fatores de risco
Há fatores de risco que contribuem para o aparecimento de um AVC, como a idade, raça, genética e o sexo, e estes não podem ser modificados. Porém, existem outros fatores que dependem de fatores ambientais e são os principais para preveni-lo, como o controle da pressão arterial, do diabetes, dos níveis de gordura no sangue e do peso. Outros cuidados são não fumar, evitar o uso excessivo de álcool e de drogas ilícitas, praticar atividades físicas, e manter sob controle os índices glicêmicos e a pressão arterial.
Vários os fatores de risco podem e devem ser tratados e/ou acompanhados na própria Unidade Básica de Saúde (UBS), como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o sedentarismo e a obesidade. Manter um hábito saudável de vida é importante para ajudar a prevenir o derrame.
Tratamento e reabilitação
A melhor forma de tratamento, atendimento e reabilitação, que podem contar inclusive com medicamentos, devem ser prescritos por médico profissional e especialista, conforme cada caso.
Uma vez ocorrido, o tratamento do AVC é feito nos Centros de Atendimento de Urgência, que são os estabelecimentos hospitalares que desempenham o papel de referência para este tipo de atendimento. Essas unidades de saúde disponibilizam e realizam o procedimento com o uso de trombolítico, conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico.
Já a reabilitação pode ser feita nos Centros Especializados em Reabilitação (CERs), cujo acesso se dá a partir do encaminhamento das UBSs. Nos CERs é realizada uma avaliação da equipe multiprofissional, que define o tratamento mais adequado para cada paciente.
São promovidas terapias, orientações às famílias e, caso seja necessário, a entrega de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção. Os atendimentos realizados nesses centros contam com uma equipe de trabalho composta por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais, médicos e enfermeiros.