Saque de conta inativa do FGTS: o que fazer com o valor?
O calendário de saques será divulgado apenas em fevereiro, segundo a Caixa Econômica Federal, mas muitos estão pensando em como usar o montante desde já
- Data: 04/01/2017 10:01
- Alterado: 04/01/2017 10:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Reinaldo Domingos - DSOP
O governo autorizou o saque do valor total disponível em contas inativas do FGTS, aquelas sem movimentação até 31 de dezembro de 2015. A data de liberação ainda será definida e divulgada em fevereiro pela Caixa Econômica Federal, mas muitos brasileiros já imaginam de que forma vão usar esse valor.
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é uma poupança com a qual o trabalhador contribui durante o seu período produtivo e que pode ser resgatada em caso de demissão sem justa causa ou usada na compra de um imóvel, entre outras situações. Com a mudança, o valor depositado em contas inativas poderá ser sacado e utilizado sem restrições.
O governo tomou essa decisão visando injetar cerca de R$ 30 bilhões na economia nacional, prevendo que cerca de 10,2 milhões de pessoas façam o saque. Acredito que a decisão é assertiva, tendo em vista a situação econômica que o Brasil atravessa, porém é importante que o trabalhador tenha consciência ao utilizar essa reserva financeira.
O ideal é preferir realocar o montante em algum investimento, na intenção de realizar sonhos no curto, médio e longo prazo, ao invés de liquidar a reserva construída ao longo de meses ou mesmo de anos de trabalho com o consumo desenfreado e pouco planejado. Aos que ainda não têm o hábito de sonhar, é válido aproveitar a oportunidade para colocar no papel os sonhos individuais e familiares e começar a poupar, com o resgate do FGTS, para conquistar.
É interessante fazer o saque das contas inativas assim que possível e aplicar o valor em investimentos como poupança, CDB e tesouro direto, entre outras, que rendem mais do que o FGTS. A modalidade escolhida precisa corresponder ao prazo em que se deseja realizar o sonho, tendo em vista a possibilidade de resgatá-lo no momento desejado sem perder rendimentos.
Há alguns meses, quando o tema começou a ser debatido, o governo manifestou o interesse em liberar o saque apenas para o pagamento de dívidas, o que depois caiu por terra. Porém, acredito que muitos farão o resgate justamente para essa finalidade, por isso recomendo que os problemas de endividamento e inadimplência sejam tratados de forma mais aprofundada e consciente, pois apenas pagar as dívidas não é garantia de que não volte à situação nos próximos anos.
O primeiro passo para quem está com dificuldade em administrar as finanças é olhar para a sua situação de forma honesta e levantar todos os números, traçando um planejamento para o pagamento que respeite o seu orçamento atual. Mais importante ainda é buscar compreender quais hábitos e comportamentos o levaram a essa conjuntura e buscar se educar financeiramente, resolvendo a origem do problema.