Santo André realiza obras emergenciais para reduzir riscos de alagamentos na Vila Sá

A região da Vila Sá, em Santo André, às margens do Córrego do Oratório, vai receber ação de manutenção emergencial para combate a enchentes. As intervenções visam reduzir os riscos de alagamento nas ruas Planaltina e Tremembé, em situação que também reflete no fim da Avenida Utinga.

Nesta quinta-feira (16), o prefeito Paulo Serra visitou a região – que faz divisa com a Capital (Vila Industrial, Vila Mendes e Vila São Nicolau), acompanhado pelo secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos, Vitor Mazzeti Filho. Ambos conversaram com pessoas que residem nas vias mais afetadas, explicaram os planos da manutenção emergencial e acompanharam o início dos trabalhos.

“Este aqui é um dos pontos que a gente tem tido acúmulo de água com essas chuvas que caíram nos meses de fevereiro e março, mas estamos aqui enfrentando o problema, ouvindo os moradores do local e iniciando obras que vão melhorar bastante a drenagem. Especialmente neste período do ano estamos priorizando essa questão do escoamento de água, para minimizar os impactos da chuva na Vila Sá, assim como fizemos em outras regiões da cidade”, declarou o prefeito Paulo Serra.

Serão realizadas obras de desassoreamento, construção de barreira física e extensão em trecho da galeria. “São obras para desassorear o córrego e ampliar a drenagem das ruas, para resolver esse problema o quanto antes”, explicou o chefe do Paço andreense.

Problemas – Apesar de ser um local com longo histórico de alagamentos, a situação piorou naquela região e foram identificados alguns dos motivos para isso: ocupação ilegal na margem do lado de São Paulo; e obra realizada pela empresa Transpetro para proteção de sua rede de dutos.

“Alagamentos ocorrem aqui há décadas. As casas ficam abaixo do nível de transbordamento do córrego. Mas o que a gente percebeu é que do verão de 2022 para agora houve um aumento na incidência. Toda chuva, mesmo que com precipitações médias e que não provocavam alagamento em anos anteriores, passaram a alagar”, argumentou Vitor Mazzeti Filho.

“Detectamos que os problemas têm a ver com a ocupação na margem do lado de São Paulo que tem empurrado o córrego para o lado de Santo André. Estão acontecendo aterros do lado de São Paulo, para construção de moradias irregulares, ocasionando a erosão do lado de Santo André. E tem também uma proteção que a Transpetro fez para a rede de dutos dela, mas que começou a bloquear os resíduos, que passaram a acumular no leito, o que agravou o problema”, continuou o secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos.

A população agradeceu a Prefeitura pela ação emergencial, mas solicitou que outras medidas também sejam tomadas. “Nessa época é complicado fazer obra de porte maior para tentar minimizar ou mitigar esses alagamentos. O que a gente consegue colocar em prática são ações de manutenção com foco no que está acontecendo aqui. Obras estruturais de drenagem e canalização estão sendo discutidas com o prefeito de São Paulo, mas são obras para fazer com paciência, não dá para começar agora”, argumentou Vitor Mazzeti Filho.

“É preciso ficar claro que a manutenção é atribuição do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), do governo do Estado. A Prefeitura vai cobrar de forma mais enfática e vamos ter reunião com a Prefeitura de São Paulo para cobrar ações de zeladoria para essa região”, finalizou o secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos.

Parque Escola – Na mesma região está sendo construído o Parque Escola Vila Sá, bem ao lado do Cesa Vila Sá. A obra está prevista para o segundo semestre deste ano e será contemplada com pista de caminhada, quadra, academia ao ar livre, parquinho, espaço pet, campo de futebol com gramado sintético e iluminação artificial, área de convivência, plantio de rasteiras, arbustos e árvores, manejo arbóreo e muito mais, em estrutura similar a de outros equipamentos do tipo na cidade voltados à cultura, esporte e lazer