Santo André implanta projeto em áreas de alta vulnerabilidade social
FMABC e Universidade Metodista ajudarão a Prefeitura a mapear problemas em regiões afastadas do Centro; objetivo é garantir acesso destes moradores aos serviços públicos
- Data: 13/11/2013 10:11
- Alterado: 13/11/2013 10:11
- Autor: Roberto Nascimento
- Fonte: Secom PSA
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Para garantir o acesso de mulheres e jovens de bairros afastados do município a políticas públicas disponibilizadas em áreas centrais, foi assinado nesta terça-feira (12) termo de parceria entre a Prefeitura de Santo André, Faculdade de Medicina do ABC e Metodista de São Paulo, para a implementação do projeto Gênero, Saúde e Meio Ambiente. Elaborado pela Área de Políticas Públicas para Mulheres, a iniciativa prevê a interlocução entre o poder público, universidades e populações da área de manancial. A ideia é realizar levantamento em áreas de vulnerabilidade social para elencar as demandas e recomendar atendimento.
A partir de janeiro de 2014, o acordo de cooperação entrará em prática, primeiramente, no Parque Andreense e Paranapiacaba, regiões de Santo André consideradas de alta vulnerabilidade social. Os cerca de 5 mil moradores estão a quase 30 quilômetros de distância do Centro, onde são oferecidos os diversos serviços e atendimentos assistenciais. “O acordo é a confirmação de querer participar e ajudar. Agora, é ir adiante, porque todos os envolvidos ganharão com a sua adoção”, resumiu a assessora de Políticas Públicas para Mulheres, Silmara Conchão.
Além de melhorar o fluxo da procura e utilização dos serviços, o Gênero, Saúde e Meio Ambiente, como o próprio nome sugere, levará para essas áreas iniciativas de formação e informação, como, por exemplo, direitos legais e noções de cidadania (Promotoras Legais de Cidadania), promoverá levantamento da realidade local (Quem Bate Lá), e proporcionará informações de saúde e cidadania (Se Liga na Parada).
O projeto terá como base experiência vivida pela assessora em projeto de extensão com alunos da Faculdade de Medicina, no sertão de Sergipe, em 2011. “Este acordo é bem flexível e mais instituições poderão aderir. Ele também não amarra ninguém. O mais importante é agregar conhecimento e construir uma realidade mais justa e digna”, complementou Silmara, ao adiantar que os resultados das ações do Gênero, Saúde e Meio Ambiente serão avaliados em 2016.
ASSINATURA – Secretários e representantes da Prefeitura de Santo André, Faculdade de Medicina do ABC, Fundação Santo André, à qual a Faculdade de Medicina é vinculada, e Metodista participaram do ato de assinatura do acordo de cooperação. “Essas parcerias são fundamentais. Temos obrigação de olhar para o pedaço mais carente da nossa cidade e realizar ações como a que fazemos, por exemplo, no Acre e no interior da Paraíba, para a melhoria da qualidade de vida da população”, destacou o presidente da Fundação do ABC, Mauricio Mindrisz.
“É mais uma oportunidade de os alunos colocarem em prática o que aprendem nas aulas e vice-versa. Sempre estamos participando de iniciativas como esta”, disse o professor da FAC Saúde e coordenador dos projetos de extensão da Universidade Metodista, Victor Hugo Bigoli.
O secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Ricardo Di Giorgio, ressaltou a situação precária em que vivem os moradores das localidades e a importância de ações como a que será desenvolvida pelo projeto. “Estamos extremamente felizes, porque, ao mesmo tempo, vamos trabalhar na recuperação da Vila com os recursos do PAC Cidades Históricas, que nos últimos anos estava abandonada, e também na concepção de que os moradores de regiões distantes têm garantido o acesso aos serviços públicos.”