Roteiro dos Sentidos em Paranapiacaba aguça visitantes
Atração de Paranapiacaba estimulou os cinco sentidos do público; Guilherme Arantes emocionou plateia de 12 mil neste sábado (20)
- Data: 22/07/2013 10:07
- Alterado: 22/07/2013 10:07
- Autor: Janaína Harada
- Fonte: Secom PSA
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Pela primeira vez no tradicional Festival de Inverno de Paranapiacaba – que está no segundo fim de semana –, os visitantes conferem o Roteiro dos Sentidos, com atrações sensoriais espalhadas por toda Vila. Neste sábado (20), além das belezas naturais que brilharam diante do dia ensolarado, o público de 12 mil pessoas (contagem parcial, até às 19h) também explorou a visão, a audição, o paladar, o tato e o olfato em imóveis do patrimônio histórico, das 10h às 18h.
Na Casa da Visão e Audição (Av. Fox, s/n), a exposição fotográfica Prosa Foto e Arte, do projeto Infinito Olhar apresenta o resultado de oficinas realizadas com jovens, com idades entre 13 e 19 anos, moradores de Paranapiacaba e de São Paulo. Segundo os responsáveis pela mostra, a neuropsicóloga Elisangela Oliveira e o fotógrafo Paulo Riscala Madi, o objetivo era desenvolver a sensibilidade do olhar dos participantes.
“O projeto quer melhorar a percepção dos habitantes locais, mostrando a história e a arte que pode ser encontrada na Vila”, explicou Elisangela. Para ela, foi interessante observar a diferença entre os ambientes e assuntos retratados pelas crianças dos lugares distintos. “Enquanto os moradores daqui preferiram mostrar a natureza, o pessoal de São Paulo preferiu fotografar o interior das casas”, completa.
Outra diferença entre os dois grupos foi a escolha pelo instrumento fotográfico. “Os paulistanos foram mais curiosos em querer conhecer as câmeras profissionais. Já os jovens de Paranapiacaba preferiram usar seus próprios celulares, para depois poderem carregar as fotos consigo”, destacou Madi.
No mesmo endereço, o público do Festival conhece os instrumentos criados pelo músico e artista plástico Fernando Sardo. Na sala dedicada à audição, foram instalados instrumentos musicais construídos a partir de materiais recicláveis, como tubulações de plástico, latas e pedaços de madeira. “O que para o resto da humanidade é lixo, para o Fernando é música”, elogiou a professora Carla Fróes.
O sentido do paladar é aguçado em dois diferentes endereços. No Espaço Gourmet (Rua Rodrigues Alves, 470) há diversos pratos, como escondidinho, nhoque e bruschetta, a partir de R$ 5. Na Casa do Paladar, os visitantes podem saborear receitas de Cambuci, vinhos e doces das chocolateiras de Ribeirão Pires.
Na Casa do Tato e Olfato (Caminho do Mendes, 322), o Espaço Zen e Spa oferece tratamentos com pedras quentes, massagens facial e relaxante, auriculoterapia, shiatsu e pilates. Sabonetes, aromatizadores, hidratantes e pastas esfoliantes são comercializados no Espaço dos Aromas.
SHOW – Principal atração do dia e que reuniu uma legião de fãs de todas as idades, Guilherme Arantes cantou, dançou e se emocionou. “Salve Paranapiacaba! Aqui é demais”, afirmou do alto do palco o cantor e compositor, ao apontar o sol entre a bucólica paisagem da Vila.
Guilherme começou o show com a música Condição Humana, carro-chefe do seu novo CD. No entanto, o público se contagiou mesmo com o repertório de canções antigas e românticas do compositor, como Amanhã, Êxtase, Brincar de Viver e Pedacinhos. No total, cerca de 30 composições em quase duas horas de apresentação – a maioria de sua autoria.
O artista comandou o coro ao embalar Um dia um adeus, um dos hits do paulistano que adotou nos últimos anos Salvador, na Bahia, para viver. A comerciante Roseli Pescara, 48 anos, moradora em Mauá, se emocionou. A filha publicitária Bruna Pescara, 26 anos, junto da mãe, contou que aprendeu a gostar do cantor por tabela. “Minha mãe tem uma coleção de LPs e CDs do Guilherme. Cresci ouvindo ele.”
O que não foi diferente para o casal Rosa da Silva, 43 anos, e Nelson Yamanaka, 49 anos. A técnica em enfermagem veio especialmente de Santos para Paranapiacaba. Antes da apresentação, o engenheiro aproveitou para fotografar a paisagem. “Está tudo bem estruturado”, afirmou Yamanaka.
Quase no fim do show, foi a vez de Guilherme Arantes se emocionar. “Eu tirava dez de Biologia por causa desse lugar, durante as pesquisas que aqui vinha fazer com minha professora. Sem dúvida, é um lugar do astral”, afirmou, ao interromper por duas vezes a composição Planeta Água, a segunda pelas lágrimas. O público aplaudiu e cantou em seu lugar.
Após a apresentação, o cantor recebeu imprensa e fãs no camarim. Questionado sobre a emoção de cantar ao lado da filha Marietta Vital, o artista disse ser um grande presente. Neste domingo (21), segue para show em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Porém, prometeu voltar para a Vila em outras oportunidades.
Quem fará a festa é no domingo (21) é Zeca Baleiro, a partir das 15h, no palco principal. O 13º Festival de Inverno de Paranapiacaba termina no próximo fim de semana, quando as principais atrações serão Ivan Lins (27) e o espetáculo All You Need Is Love, um tributo aos Beatles, no encerramento (28).