RJ cria centro de emergência para acompanhar transplantes, após caso de órgãos com HIV

O erro nos exames fez com que seis pacientes recebessem transplantes de órgãos infectados com o vírus. 

  • Data: 15/10/2024 22:10
  • Alterado: 15/10/2024 22:10
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
RJ cria centro de emergência para acompanhar transplantes, após caso de órgãos com HIV

Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

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O governo do Rio de Janeiro criou nesta terça-feira (15) um centro de emergência para acompanhar os transplantes no estado, após o caso dos exames com falsos negativos para HIV no Rio de Janeiro, realizados pelo laboratório PCS Lab Saleme, sob investigação da Polícia Civil. 

A cúpula da secretaria estadual de Saúde tem, a partir desta semana, reuniões diárias marcadas para tomar decisões sobre o caso e estabelecer novos protocolos de transplante no estado. 

O centro de emergência já foi instalado em crises anteriores na saúde do estado, como na pandemia de Covid-19 e na epidemia de dengue. 

“A sindicância segue com absoluto rigor. Estamos trabalhando para que essa situação jamais se repita”, afirmou a secretária estadual de Saúde, Cláudia Mello. 

Nesta semana, a Vigilância Sanitária fluminense começou a fazer inspeções nas unidades hospitalares que realizam captação de órgãos, a fim de revisar as normas de segurança. 

O estado designou o hospital universitário Pedro Ernesto como referência para o atendimento aos pacientes que receberam os órgãos infectados. A unidade de saúde, localizada em Vila Isabel, na zona norte do Rio, é administrada pela Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). 

Os pacientes estão recebendo medicamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), segundo a secretaria. 

No Hemorio, instituto de hematologia do Rio, técnicos estão reavaliando todas as amostras de sangue armazenadas de 288 doadores no período entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, enquanto o laboratório esteve em atividade. 

Nesta terça, a técnica em patologia clínica Jacqueline Iris Bacellar de Assis, 36, se entregou em uma delegacia. Ela é acusada de ter assinado laudos no laboratório PCS Lab Saleme. 

Jacqueline afirma que nunca realizou testes no PCS Lab, que começou a trabalhar no local como supervisora administrativa em outubro de 2023 e que seu nome estaria sendo usado como “laranja”. 

O PCS Lab diz que “ela informou ao laboratório diploma de biomédica e carteira profissional com habilitação em patologia clínica” e que a funcionária “assinou diversos laudos de exames nos últimos meses”. 

Preso, o ginecologista Walter Vieira, um dos sócios do laboratório PCS Saleme, afirmou em depoimento nesta segunda que o transplante de órgãos infectados com HIV para seis pacientes no Rio de Janeiro foi causado por preparação incorreta do exame para detectar a doença e erro na hora de registrar o resultado do teste. 

Segundo o advogado Afonso Destri, que faz a defesa do médico, Vieira disse à Polícia Civil que os erros foram cometidos por três funcionários da clínica. Dois deles foram presos. Além de Jacqueline, também está detido Ivanilson Fernandes dos Santos. O técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos segue foragido. 

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  • Data: 15/10/2024 10:10
  • Alterado:15/10/2024 22:10
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









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