Residências temporárias lideram ocupação no Litoral Paulista

Análise revela concentração de domicílios de uso ocasional e mudanças no ritmo de crescimento desde 2000

  • Data: 26/12/2024 13:12
  • Alterado: 26/12/2024 13:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Seade
Residências temporárias lideram ocupação no Litoral Paulista

Crédito:Tomaz Silva/Agência Brasil

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De acordo com  estudo realizado pela Fundação Seade, no ano de 2022, 6,2% dos domicílios particulares permanentes no estado de São Paulo eram de uso ocasional, destinados para férias, descanso de fim de semana ou locação de curta temporada. O Litoral Paulista concentrou a maior fatia dessa categoria, com 32,7% dos domicílios, enquanto nas regiões não litorâneas, o percentual foi de apenas 4,3%. Essa diferença reflete o apelo turístico e o uso sazonal das cidades costeiras em comparação com outras áreas do estado.

“O estudo reflete as dinâmicas regionais e as transformações no perfil de ocupação dos municípios paulistas. O litoral segue como a principal área de concentração de domicílios temporários no estado, destacando-se pela importância turística e econômica desse tipo de habitação”, afirma Bernadette Waldvogel, pesquisadora da Fundação Seade. 

Entre os 15 municípios da faixa litorânea, a distribuição é bastante heterogênea. Ilha Comprida (58,7%), Mongaguá (56,4%) e Bertioga (55,6%) lideram com as maiores proporções de domicílios de uso ocasional. Em contrapartida, São Vicente (6,3%) e Santos (9,5%) apresentam os menores percentuais. Esses dois municípios ainda se destacam por terem registrado taxas negativas de crescimento desses domicílios desde 2000, diferentemente de outras cidades que mantiveram ou ampliaram essas taxas.

Desaceleração do ritmo de crescimento 

A taxa de crescimento dos domicílios de uso ocasional no Litoral Paulista desacelerou entre 2010 e 2022. O estudo da Fundação Seade aponta que, enquanto na década de 2000 Bertioga e Ilha Comprida registravam expansões anuais acima de 5%, no período mais recente nenhum município alcançou esse patamar. Ainda assim, Ilha Comprida (2,65%), Iguape (2,55%), Ubatuba (2,31%) e Peruíbe (2,05%) lideraram o ritmo de crescimento na última década.

Apenas quatro cidades apresentaram ligeiro aumento no crescimento desse tipo de habitação, entre elas: Guarujá (de 0,30% para 0,52%), Peruíbe (de 1,66% para 2,05%), Iguape (de 2,06% a 2,55%) e Ubatuba (de 2,27% para 2,31%). O município de Mongaguá manteve a mesma taxa nos dois períodos (1,80%). Já Santos e São Vicente amenizaram suas taxas negativas de crescimento, respectivamente, de -0,36% para -0,09% e de -2,17% para -1,85%.

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  • Data: 26/12/2024 01:12
  • Alterado:26/12/2024 13:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Seade









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