Reservatórios das hidrelétricas podem recarregar reservas subterrâneas de água

Pesquisa da Universidade da California estudou mais de 170 mil poços em 40 países encontrando dados alarmantes sobre o nível das reservas de água subterrâanea.

  • Data: 27/06/2024 17:06
  • Alterado: 27/06/2024 17:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Reservatórios das hidrelétricas podem recarregar reservas subterrâneas de água

Crédito:Reprodução

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Parece que alguém lá “em cima” quer que o mundo inteiro entenda melhor coisas que não estão sendo divulgadas sobre as mudanças climáticas.

Como por exemplo, – o papel que as hidrelétricas -, que hoje são tão “demonizadas” no Brasil, podem ter cumprido silenciosamente, durante todos esses mais de 70 anos, quando armazenaram, por mais tempo, a água doce que caiu em forma de chuva e foi descansar no fundo dos lagos dos seus reservatórios. 

Água doce que, se não fossem elas, as hidrelétricas, estaria correndo direto para o Oceano Atlântico, deixando de percolar no fundo dos reservatórios e não evaporando nas amplas superfícies de seus lagos. E assim, deixando de recarregar os lençóis freáticos e aquíferos antes de chegar ao seu destino final.

Nessa interessante reportagem da CNN Brasil, um estudo realizado pela Universidade da California, em mais de 40 países, com um universo de 140 mil poços, entre 2000 e 2022, provou que o nível das reservas subterrâneas diminuiu pelo menos10 cm ao ano em 36% dos poços pesquisados ou 50.400 poços.

O estudo aponta como principais causas da espantosa redução de nível e de volume reservado, o exagerado aumento dos processos de irrigação que usam água subterrânea e além de provável alteração no regime de chuvas. 

A foto da esquerda é a original da matéria de anteontem da CNN, que pode ser acessada nesse link. É pena que, aqueles que apenas olharem a foto e só lerem a manchete, poderão pensar que culpa da queda do nível dos aquíferos é dos pequenos agricultores, que usam sistemas quase artesanais como o da imagem. E não os grandes projetos como os da foto da direita, com centenas de pivôs centrais.

O uso da foto da esquerda, me lembra os locutores dos telejornais, que durante o apagão elétrico de 2001, insinuavam que a culpa da redução forçada de 25% do consumo de energia das indústrias não era da falta de planejamento, mas sim culpa do povo brasileiro, “que gasta muita água sem necessidade”. 

Enquanto esse julgamento era emitido, as cenas eram de uma dona de casa, lavando um carro com mangueira, na porta da garagem, vestida com um roupão, chinela havaianas e com “bobs” de enrolar o cabelo. 

É notória, atualmente, a mesma maneira de passar uma impressão errada pela imagem, tirar proveito da falta de informação verdadeira, comprovada, assinada. Nunca vi os locutores da TV corrigirem seu erro e reconhecerem que o apagão aconteceu porque os governos Sarney, Collor, Itamar e FHC simplesmente proibiram a construção de novas hidrelétricas no Brasil. E ainda por cima, botaram a culpa no povo e nos órgãos de licenciamento ambiental.

Fernando Henrique, para resolver o problema de falta de novas hidrelétricas, que ele mesmo ajudou a criar, lançou o Programa Prioritário de Termoelétricas (PPT), no qual seriam empresas privadas a abastecer esse enorme mercado, criado pela falta da construção das primeiras pelas empresas do grupo estatal ELETROBRÁS.

E isso, apesar de ter sido alertado por professores e especialistas eméritos como Luiz

Pinguelli Rosa, Ildo Sauer, Roberto D’Araujo e outros. 

Ocorreu que as empresas privadas não compraram a ideia do PPT. E assim. quem teve que investir nas termoelétricas foram a Petrobrás, os familiares do ex-presidente Sarney e o grupo do chamado “rei do Gás”, Carlos Suarez, um dos donos da Construtora OAS, que terminaram livrando o Brasil do risco de passar por um novo apagão.

Com o PPT, Fernando Henrique e Lula, que herdou o programa em já em andamento, instalaram 14 GW dessas usinas termoelétricas fósseis, potência igual à de uma Itaipu, só que, produzindo energia dezenas de vezes mais cara do que nossa gigantesca binacional, com combustíveis importados e altamente poluentes.

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  • Data: 27/06/2024 05:06
  • Alterado:27/06/2024 17:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria









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