Quintas Musicais traz artistas para celebrar a música nordestina em Santo André
No mês de agosto, o projeto Quintas Musicais Nordeste 70 leva ao Sesc Santo André diversos artistas e bandas que fazem homenagens aos nomes marcantes da música nordestina
- Data: 31/07/2019 09:07
- Alterado: 31/07/2019 09:07
- Autor: Redação
- Fonte: Sesc Santo André
Crédito:divulgação
A Música Popular Brasileira ocupa um lugar privilegiado na história sociocultural do Brasil. Nela encontram-se fusões e encontros entre diferentes etnias, regionalidades, religiões e expõe diversos dilemas sociais ao mesmo tempo em que trabalha na formação de uma identidade nacional. Durante os anos 1960, o eixo Rio-São Paulo se tornou referência da música popular com a Tropicália, Bossa Nova, e artistas que contavam com apoio da mídia e gravadoras.
Enquanto isso, no Nordeste do país, surgiam nomes que passaram a ser conhecidos após migrarem para o “Sul Maravilha” a partir dos anos 1970, onde se encontravam as maiores gravadoras e melhores oportunidades no universo artístico. Marcada pela “explosão da música nordestina”, a década de 70 alçou artistas nordestinos que conseguiram destaque no cenário nacional, e eram interligados por suas raízes, proximidade e temas abordados em suas composições.
No mês de agosto, o projeto Quintas Musicais Nordeste 70 leva ao Sesc Santo André diversos artistas e bandas que fazem homenagens aos nomes marcantes da música nordestina. No primeiro dia do mês, o cantor e compositor Nicolau Araújo sobe ao palco para o show “Antologia de Zé Ramalho”, que transita pelo vasto repertório de Zé Ramalho passando por diversas canções desde seu primeiro disco, lançado em 1977.
Dia 8, a cantora Stella Damaris interpreta sucessos da vasta trajetória de Elba Ramalho. Léo Nascimento, cantor e compositor, vem ao Sesc Santo André no dia 15 para apresentar o show “Revisitando os Novos Baianos”, uma homenagem ao clássico disco “Acabou Chorare”, lançado em 1972 e reúne um dos repertórios mais influentes da música brasileira.
Para encerrar o Quintas Nordeste 70, a banda Freud à Deriva canta o repertório do disco “Alucinação”, segundo álbum de estúdio do cantor e compositor Belchior, lançado em 1976. Para o show no Sesc Santo André, a banda interpreta as canções de “Alucinação” com a inclusão da viola, fazendo frente à guitarra e ao contrabaixo.
Realizado desde 2012, o projeto Quintas Musicais oferece gratuitamente shows temáticos em todas às quintas-feiras do mês. As apresentações acontecem sempre às 20h e são uma ótima opção de lazer após os compromissos, tarefas e rotina diária, para dar às quintas-feiras o tom de véspera do final de semana. Além de shows gratuitos, a unidade também oferece um cardápio temático especial a cada edição do projeto.
Quintas Musicais – Nordeste 70
Agosto, quintas-feiras, às 20h.
Grátis. Livre para todos os públicos.
No Palco da Comedoria.
Dia 1/8
Antologia de Zé Ramalho, com Nicolau Araujo e Banda
Nicolau Araujo é dono de uma voz marcante que representa a fusão brasileira de estilos rítmicos e sonoridades que pertencem à nossa rica cultura. Neste show, ele se junta a Tamir Felipe (baixo), Rafael Carvalho (bateria), Michell Theodoro (percussão), Felipe Campos (guitarra) e Pablo Yuri (sanfona) para prestar um tributo ao cantor e compositor Zé Ramalho.
No palco, Nicolau Araujo transita pelo vasto repertório de Zé Ramalho, passando por diversas canções desde seu primeiro disco, lançado em 1977. De lá para cá, o cantor natural de Brejo do Cruz, na Paraíba, lançou quase 20 discos e diversas coletâneas, uma trajetória que o elencou como uma das vozes mais marcantes da música brasileira.
Além das canções de Zé Ramalho, Nicolau Araujo apresenta parte de seu repertório autoral, composto para o disco “Flor de Açucena”. Carioca de nascença e pernambucano de criação, o cantor e compositor Nicolau Araújo percorre o Brasil todo em seu modo de ser é viver a música. Entre suas idas e vindas, sempre bebendo em fontes nordestinas, Nicolau capta, canta e dança toda uma vida de lembranças, saudades e amores.
Dia 8/8
Stella Damaris
Cantora e atriz de Piracicaba, Stella Damaris se destaca como uma das cantoras mais talentosas da noite paulistana. No palco, a cantora leva influências de Chico Buarque, Baden Powell, Cartola, e compositores da nova geração como Lenine, Walter Egéa e Fábio Negroni, e apresenta um show com os maiores sucessos de Elba Ramalho.
Há oito anos em São Paulo, já faz parte do circuito alternativo da cidade se apresentando em espaços como Sesc, Bar Fidalga, Soulive, Ao Vivo, Talking Jazz, Miscelânea Cultural, Tonton Jazz entre outros.
Dia 15/8
Revisitando Os Novos Baianos, com Léo Nascimento
Léo Nascimento apresenta o clássico álbum “Acabou Chorare”, lançado em 1972 pelos Novos Baianos, propondo arranjos arrojados e atuais, porém sem perder a essência da sonoridade do álbum.
A partir de “Acabou Chorare”, os Novos Baianos passaram a fazer canções com mais influência da música brasileira. Canções como “Tinindo Trincando”, além do rock, teve incorporados ritmos do nordeste, o principal deles o baião. A canção-título “Acabou Chorare” tinha fortes traços da bossa nova. “Mistério do Planeta” e “A Menina Dança” são típicas canções de MPB, ambas com grandes trabalhos de guitarra de Pepeu Gomes. “Preta Pretinha” – maior sucesso comercial da carreira dos Novos Baianos – é uma balada de seis minutos influenciada pela tropicália.
Dia 22/8
Nó na Garoa
Neste show a banda faz uma incursão por músicas de autoria de Alceu Valença, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo, e da intérprete Elba Ramalho, artistas que tiveram na década de 70 um caminho aberto por Jackson do pandeiro, que conquistou olhar diferenciado para compositores do Nordeste. A banda Nó na Garoa tem como formação instrumentos tradicionais do samba (violão de sete cordas, cavaquinho, agogô, tamborim, cuíca, reco-reco, etc) e dos instrumentos tradicionais do forró (sanfona, zabumba e triângulo).
Dia 29/8
Freud à Deriva
A banda apresenta show em que interpreta as músicas do clássico álbum de Belchior, “Alucinação”, com a inclusão da viola, fazendo frente à guitarra e ao contrabaixo.
Freud à Deriva, formada por Rene de França, Marcelo Mazzucatto e Zé Terra, mostram suas composições próprias e releituras inovadoras.