Quase 50% dos praticantes de Beach Tennis já tiveram algum tipo de lesão

O Brasil é um dos países líderes mundiais quando o assunto é prática de esportes. Entre as modalidades em destaque, o beach tennis tem conquistado cada vez mais adeptos em todo o país. No entanto, por ser um esporte que exige alta movimentação dos membros inferiores, os cuidados com a saúde dos praticantes devem ser redobrados. Um estudo da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, publicado em julho de 2024 na Revista Brasileira de Ortopedia, revelou que 48,8% dos praticantes de beach tennis já sofreram algum tipo de lesão. 

O estudo também apontou que a maioria dos jogadores (44,4%) era iniciante, enquanto menos de 10% possuíam perfil de atleta profissional. Entre as articulações mais exigidas no esporte, o joelho lidera em número de lesões. 

A alta incidência de lesões no joelho está relacionada não só às rápidas mudanças de direção que o esporte exige, mas também à instabilidade do solo. Jogar na areia fofa, característica do beach tennis, aumenta o esforço físico e pode representar um risco adicional. 

“A instabilidade da areia é um dos principais agravantes. Quando o atleta pisa, o pé afunda, gerando desníveis no solo. Esses desníveis, somados aos movimentos rápidos, aumentam as chances de uma pisada errada, que pode levar a entorses ou outras lesões no joelho”, explica Thiago Fukuda, fisioterapeuta e diretor clínico do Instituto Trata, empresa do Grupo Velas. 

Tecnologia no tratamento 

Caso a lesão ocorra, Fukuda destaca que existem tecnologias avançadas que tornam o tratamento mais assertivo e personalizado para cada atleta. 

“Hoje, contamos com ferramentas de ponta, como a avaliação cinemática dos movimentos do corpo, que permite identificar assimetrias, padrões motores, lesões associadas e compensações. Com isso, determinamos quais estruturas precisam de intervenção, analisando como os ossos e músculos se organizam em resposta às forças atuantes. Além disso, a laserterapia é uma grande aliada, ajudando a reduzir dores na região lesionada”, reforça Thiago Fukuda. 

A importância de não ignorar as dores 

Além de tratar as lesões é fundamental que os praticantes de esportes, como o beach tennis, não ignorem qualquer sinal de dor ou desconforto. Segundo Thiago Fukuda, essas dores podem ser um alerta do corpo para problemas mais sérios. 

“Procurar um fisioterapeuta especializado em membros inferiores é essencial, tanto para tratar lesões quanto para preveni-las. Uma avaliação adequada, juntamente com um plano de tratamento personalizado, ajuda a identificar os riscos antes mesmo que eles se manifestem, além de contribuir para a melhora da performance do atleta. Isso vale tanto para quem já sente dores quanto para quem busca jogar com mais segurança e eficiência”, conclui Thiago Fukuda, fisioterapeuta e diretor clínico do Instituto Trata, empresa do Grupo Velas.