Qual é o seu Poder? – A regra para ser Super!

Pelas Barbas do Profeta! Pare, pense ... reflita longamente ... releia ... entenda ... seja Super ... e faça a sua parte

  • Data: 07/11/2016 10:11
  • Alterado: 07/11/2016 10:11
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Paulo Porto é roqueiro do ABC. Músico, Compositor, Pesquisador Cultural e Advogado
Qual é o seu Poder? – A regra para ser Super!

 

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Acho que nunca me cansarei de falar aqui que a vida serve é para se viver. Um aparente silogismo, no entanto que o homem, para isso, complica um pouco em sua forma, mas que, no frigir dos ovos, a gente quer e busca isso mesmo… E há milhares de anos… E o homem acaba complicando justamente porque é um ser simples.

Complica porque em nossa simplicidade de buscar encontrar um jeito de viver em união e harmonia, uma vez que nenhum homem vive só, antropologicamente falando, não é só porque nos tornamos “racionais”, que isso acabaria por ser diferente… Biologicamente falando.

A esse jeito complicado e pensante do homem, eu daria o nome de organização. Nasceu do pensamento à aplicação da prática o modo a entender suas atitudes em si mesmo. E a história da raça humana segue-se em uma sequência incrível de poucos acertos e muitos erros e, desde então, união e harmonia deixaram de ser prioridade de raça e, infelizmente, isso se complicou…

E errar, mais do que acertar, vai muito além da máxima de que errar é humano. O ponto crucial pra essa dificuldade – de viver para se viver – reside no fato de que cada pessoa, por ser pensante, é única e exclusiva, fazendo do homem uma boa e uma má notícia.

A boa, é que o fato de ser pensante foi o que nos trouxe até aqui (ao topo da cadeia animal para a sobrevida da raça humana). A má, é que o fato de ser único, faz certos homens desviarem pensamentos puros nascidos para a coletividade (unicidade), adotando apenas superficiais tendências, ou aquilo que os interessam, a fim de conquistar sua própria permanência (única), em detrimento da dos outros. Mais fácil entender com um exemplo: O automóvel, quando inventado lá pelo século XVII ou XVIII, era movido a vapor, uma matriz energética cujo fluído de trabalho era o vapor d’água. Água, diga-se, um bem comum de todos.

E uma cabeça pensante – de pensamentos puros como a água, assim fez o carro se mover. Outra cabeça pensante, no entanto, encontrou no gás combustível um caminho que nos levou a gasolina, resultando em uma consequente mudança na matriz energética ao mesmo tempo em que o automóvel viria a nos ser uma propriedade, um bem móvel. Só que a gasolina não é um bem comum de todos…. Nem o automóvel…

A diferença, nesse exemplo de cabeças pensantes, nós já podemos concluir, está em organizar a coletividade para um interesse particular (o carro e sua gasolina, como no exemplo), em detrimento do bem comum (a água). Por seu único, o homem turvou o pensamento de um todo para atrair o mais para si… E a isso, deu-se o nome de Poder. Nesse caso, Poder privado.

Anteriormente – lá atrás – em igual destaque, a “força humana” era a matriz energética que mantinha (sem mover, ok) a coletividade para o bem comum. A inteligência da produção de grãos e frutos, de sal, do pastoreio, todas em suas melhores técnicas, pensadas e desenvolvidas para a pura e animal necessidade de continuidade da vida harmônica de todos, do mesmo modo, foi tomada de “assalto” – e com honras, para a força, que passou a organizar a sociedade, comandando-a.

Vinda diretamente de Deus ou de um Rei terreno – ou de ambos – era sobre quem todo homem de pensamento puro – que vivia para se viver – se submetia e, a ela, igualmente, sucumbiu. A esse Poder, não propriamente dentro de um processo civilizatório, mas, certamente organizacional, mais tarde, dar-se-ia o nome de Poder Público.

Assim, esse formato de organização sobre nosso modo de viver em sociedade, nascida de interesses próprios e não comuns, chegaram até os dias de hoje com os nomes de Poder Público e Poder Privado, primeiro e segundo setor, respectivamente, de uma sociedade democrática. E, finalmente, existe um terceiro, que é onde você se encaixa: a Sociedade Civil.

Note que não existe a palavra “Poder” no entendimento do que é uma Sociedade Civil, diferentemente dos outros dois… Isso porque, àqueles são poderes outorgados pela própria Sociedade Civil, mas ainda em nome da organização deles próprios, sob o mesmo antigo argumento, seja pela força, seja pela informação ou acesso: para nós.

Assim, temos que o Poder Público é aquele que trabalha para o público (nós) e o Poder Privado, para os particulares (nós, também). Então, para o primeiro setor, você é um contribuinte, um pagador de impostos. Para o segundo setor, você é um consumidor, adquirente de bens e serviços.

E para o terceiro setor, quem somos nós? Segundo a democracia, um sistema emanado do povo, pelo povo e para o povo, um regime mais igual e justo, muito bem dosado em liberdades e escolhas, nós somos os cidadãos. Sim, por direito, somos os cidadãos. Mas, e de fato, quem somos, afinal?

As conhecidas palavras de Churchill, então primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra, em um discurso à Casa dos Comuns, onde proferiu: “A democracia é a pior forma de governo, à exceção de todos os outros já experimentados ao longo da história”, devem ser analisadas por nós cidadãos, para um específico entendimento, em minha opinião: se um cidadão (ou a sua maioria) não participa diretamente da vida política, essa forma de governo não funcionará. Ela será um regime de teoria e não de prática.

Todo pensamento humano que atrai para si uma vantagem única, é temporário, ao passo que todo pensamento humano que busca um benefício comum (e não contaminado), há de gerar novas permanências e evoluções, ainda que revolucionárias, até o dia em que essa cadeia não se turve mais, e aí, então, errar não será mais humano. Só a democracia permite a desconstrução da máxima de que errar é humano… Segundo Churchill, a democracia é pior regime, à exceção dos outros, porque devemos saber sempre que ela – assim como nossas mentes e corpos – deve ser constantemente exercitada. Como a saúde, para nosso bem comum.

E integralmente entender que ela só delega poderes – e temporariamente. Por ela, a sociedade civil transfere seu poder para que sejamos cuidados e defendidos em nossa honra e moral enquanto seguimos com o nosso objetivo de viver para se viver; de sermos unidos e harmônicos. Nela, o povo é o comandante! E os poderes, são os comandados…

Mas para isso ser uma verdade, cumpre-nos dizer que a democracia é o mais exigente de todos os regimes… Aliás, sobre a verdade, o próprio Churchill também disse que “Durante a guerra, a verdade é tão preciosa que ela deveria ser sempre acompanhada de mentiras como guarda-costas”. E pense você, agora, quem, exatamente, vem nos guardando às costas…

Pense que, uma vez submissos verdadeiramente à democracia e não aos poderes delegados, nós (da sociedade civil), devemos estar determinados a um exercício constante de cidadania, mais evidenciado em nosso ato de votar, de escolher quem comandará nossa terra e que seja sempre para os nossos fins de se viver para a vida, em perfeita união e harmonia. E na perfeição, não se admitem erros. Pense nisso também…

Decididamente, isso não é utopia, é democracia mesmo. Por isso ela deve ser constante, sem deixarmos de exercê-la, aceitando, na prática, a condição de sermos comandantes e não comandados,

Ao contrário, sendo ela hipócrita ou falsa, sendo você um errado humano comandado, ela ainda será chamada de democracia na teoria e esse é o grande problema da democracia. Isso porque, na prática, diante de todo erro humano entre todos os regimes de governo e em todas as épocas da vida do homem inteligente na Terra, continuaremos fadados a viver em uma plutocracia, ou seja, submissos e aceitadores dos mais dos mesmos poderes, sucumbindo às riquezas e volúpias desse intimidador poder, admirando-o ao longe, nunca ele sendo nós, mas sempre daqueles que, por força, por informação ou acesso, sempre nos ditaram as regras para a nossa ainda constante e simples busca de ser feliz…

Portanto, seja você a vontade, tenha você o desejo, e entenda ser você uma pessoa do povo, pelo povo e para o povo. Se cada qual entender fazer parte desse “todo”, chamado sociedade civil, cada pessoa será, unicamente, o todo. Entenda o seu poder. Não como um contribuinte e nem como consumidor. Seja Super! Porque aí, será legítimo que sejas chamado, acima de tudo, de cidadão. 

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  • Data: 07/11/2016 10:11
  • Alterado:07/11/2016 10:11
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  • Fonte: Paulo Porto é roqueiro do ABC. Músico, Compositor, Pesquisador Cultural e Advogado









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