Puxado por combustíveis, IPCA é o menor para meses de setembro na série do IBGE
No mês de setembro de 2021, o IPCA tinha sido de 1,16%
- Data: 11/10/2022 15:10
- Alterado: 11/10/2022 15:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
A queda de 0,29% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro foi a deflação mais intensa para o mês da série histórica, iniciada em janeiro de 1980 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês de setembro de 2021, o IPCA tinha sido de 1,16%.
A taxa em 12 meses passou de 8,73% em agosto para 7,17% em setembro. O resultado foi o mais baixo desde abril de 2021, quando estava em 6,76%.
A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,5%, que tem teto de tolerância de 5%.
Grupo Transportes e impacto dos combustíveis
Os gastos das famílias com transportes passaram de uma redução de 3,37% em agosto para um recuo de 1,98% em setembro, um impacto negativo de 0,41 ponto porcentual sobre a taxa geral registrada pelo IPCA.
A queda foi puxada pela redução de 8,50% no preço dos combustíveis.
A gasolina caiu 8,33%, o impacto negativo mais intenso entre os 377 subitens que compõem IPCA, com -0,42 ponto porcentual, enquanto o etanol recuou 12,43%, uma contribuição de -0,09 ponto porcentual. O preço do gás veicular diminuiu 0,23%, e o óleo diesel caiu 4,57%.
Houve recuo também nos preços das motocicletas (-0,08%), automóveis novos (-0,15%) e automóveis usados (-0,38%). Nos transportes públicos, o ônibus urbano caiu 0,34%, graças à redução dos preços das passagens aos domingos em Salvador (-4 29%), válida desde 11 de setembro.
Por outro lado, as passagens aéreas tiveram alta de 8,22%, o maior impacto individual positivo no índice de setembro, 0,05 ponto. Houve aumento também do transporte por aplicativo (6 14%).
Alimentação e Bebidas em queda puxada pelo leite
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um aumento de 0,24% em agosto para um recuo de 0,51% em setembro, dentro do IPCA divulgado pelo IBGE. O grupo contribuiu com -0,11 ponto porcentual para a taxa geral do indicador de inflação.
A alimentação no domicílio caiu 0,86% em setembro. Os preços do leite longa vida recuaram 13,71%, contribuindo com -0,15 ponto porcentual para o IPCA do mês. Apesar da queda, o leite ainda acumula uma alta de 36,93% nos últimos 12 meses.
Em setembro, houve redução também nos preços do óleo de soja, -6 27%, um impacto de -0,02 ponto porcentual. Por outro lado, a cebola subiu 11,22%, uma contribuição de 0,02 ponto porcentual.
A alimentação fora do domicílio aumentou 0,47% em setembro. A refeição fora de casa aumentou 0,34%, e o lanche teve elevação de 0,74%.
Habitação sobe com energia elétrica, água e esgoto e gás encanado
Ainda segundo o IBGE, as famílias brasileiras gastaram 0,60% a mais com habitação em setembro, uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para a taxa geral registrada pelo IPCA.
A energia elétrica residencial subiu 0,78% em setembro, após a queda de 1,27% observada no mês anterior. Em Vitória, as tarifas por kWh foram reajustadas em 10,37%, a partir de 7 de agosto, e houve reajuste de 14,74% nas tarifas em Belém também em 7 de agosto.
A taxa de água e esgoto aumentou 0,27% em setembro, enquanto o gás encanado subiu 0,11%.