Puxada pela queda nos combustíveis, prévia da inflação recua 0,59% em maio
Deflação registrada pelo IPCA-15 é a maior desde o início do Plano Real; preço da gasolina caiu 8,51% e representou o maior impacto negativo no índice
- Data: 26/05/2020 10:05
- Alterado: 26/05/2020 10:05
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, recuou 0,59% em maio, a deflação mais intensa desde o início do Plano Real, em julho de 1994. A gasolina, que caiu 8,51%, apresentou o maior impacto individual negativo no índice, contribuindo com -0,41 ponto porcentual. É a segunda deflação seguida do IPCA-15, que registrou -0,01% em abril, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados nesta terça-feira, 26.
O resultado ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,57% a estabilidade (0,00%), com mediana negativa de 0,47%. Em 2020, o IPCA-15 acumula aumento de 0,35% e de 1,96% em 12 meses. Em maio de 2019, a taxa foi de 0,35%.
Os combustíveis tiveram retração de 8,54% em mês, com quedas também no etanol (-10,40%), óleo diesel (-5,50%) e gás veicular (-1,21%). As passagens aéreas recuaram 27,08%, depois da alta de 14,83% em abril.
O grupo alimentos e bebidas desacelerou, com alta de 0,46% em maio ante 2,46% do mês anterior. Aqui, a principal influência foram os alimentos para consumo no domicílio, que passaram de aumento de 3,14% em abril para 0,60% em maio.
A alimentação fora do domicílio, que inclui os serviços de delivery, também desacelerou, passando de 0,94% em abril para 0,13% em maio.
Todas as 11 regiões pesquisadas pelo IBGE tiveram deflação em maio. O maior índice foi registrado na região metropolitana de Fortaleza (-0,23%), influenciado pela alta de alguns itens alimentícios e o menor, na região metropolitana de Curitiba (-1,12%).