Projeto que monitora Mata Atlântica registra 273 alertas de desmatamento na Região Metropolitana de SP
Regiões de abastecimento como Alto Cotia, Alto Tietê, Cantareira, Guarapiranga-Billings, Itupararanga, Piracicaba-Capivari-Jundiaí e Paraíba do Sul tiveram suas vegetações suprimidas em 140 hectares
- Data: 29/09/2023 14:09
- Alterado: 29/09/2023 14:09
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Lury Carvalho
Entre junho de 2022 e julho de 2023, a Macrometrópole Paulista teve 273 alertas de desmatamento, sendo que 118 ocorreram dentro de áreas de mananciais. Esses e outros dados foram apresentados na última quinta-feira (28), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em evento que marcou o lançamento de um hub digital de segurança hídrica.
Os resultados expostos na ocasião são fruto do projeto “Monitoramento e geração de alertas de desmatamento nos mananciais da Macrometrópole Paulista”. Realizado pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) em conjunto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e apoio do Map Biomas, o trabalho foi viabilizado por emenda parlamentar de R$ 250 mil da deputada estadual Marina Helou.
O território analisado compreende 174 municípios e mais de 30 milhões de habitantes, o que corresponde a 75% da população paulista. Nos sete sistemas de abastecimento (Alto Cotia, Alto Tietê, Cantareira, Guarapiranga-Billings, Itupararanga, Piracicaba-Capivari-Jundiaí e Paraíba do Sul) que integram essa região, a área total de vegetação suprimida ultrapassou 140 hectares.
“Os mananciais são absolutamente desconsiderados. São aterrados, assoreados e poluídos. A mudança do regime hídrico e a necessidade de regenerar os serviços da natureza estão nos levando a tratar a questão hídrica de forma mais radical. Esse projeto é apenas o pontapé inicial e cria a possibilidade de monitorar as ocorrências nos mananciais que são vitais para o abastecimento hídrico do estado.”, explica Ricardo Young, presidente do IDS.
A iniciativa incluiu o desenvolvimento da tecnologia de identificação automatizada dos alertas de desmatamento, capacitação da equipe da Semil para uso da tecnologia e repasse da ferramenta para utilização do órgão após a finalização do projeto. Também foram iniciados experimentos para futura aplicação da metodologia em outras partes do estado.
“Planeta vivo é um planeta com água. Este ano, temos nos comprometido cada vez mais com ações que garantam segurança hídrica e o cuidado com as nossas águas. É na água que sentiremos o impacto das mudanças climáticas e é nela que precisa estar nossa profunda atenção”, finaliza Marina Helou.
As informações podem ser conferidas no hub digital lançado no evento.