Projeto Nossa Isca tem segunda edição na Baixada Santista

No mês de março, teve início a segunda edição do Projeto Nossa Isca, em Santos (SP), iniciativa que tem como objetivo capacitar pescadores das colônias Z1, Z3 e Z4 no cultivo de camarões e lambaris em tanques para que possam ser comercializados como iscas vivas para a pesca esportiva, atividade popular na região. Além de oferecer treinamento, o projeto proporciona uma nova oportunidade de geração de renda para os participantes. O projeto, que teve sua primeira edição em 2019, também na Baixada Santista, é conduzido pela VLI – companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais.

Para esta segunda edição, além da condução da VLI, o projeto conta com o financiamento do BNDES, a parceria e consultoria técnica do Instituto de Pesca, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, além do apoio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag). Ao todo, 60 pescadores participam de cursos teóricos e práticos, realizados na sede do Instituto de Pesca, em duas turmas.

Segundo a gerente de Responsabilidade Social da VLI, Maria Clara Fernandes, o projeto disponibiliza às comunidades pesqueiras o acesso a novas tecnologias, ampliando a utilização do conhecimento e possibilitando que a tecnologia permita modificações econômicas e sociais para este grupo. “A VLI é uma empresa que mantém conexões fortes com as comunidades onde atua. É gratificante contribuir para o desenvolvimento regional, sobretudo para dar suporte às atividades que caracterizam a região, como a pesca”, afirma.

Durante o treinamento, os pescadores artesanais aprendem técnicas para montar uma unidade de manutenção de iscas vivas, com materiais de baixo custo, em sistema de recirculação de água. Ao término da capacitação, serão implantados tanques de manutenção de iscas vivas com sistemas modernos de filtragem de água, acoplando isto à produção de hortaliças (aquaponia), o que proporcionará melhoria na manutenção das iscas e na produção de hortaliças para a família do pescador artesanal. Serão implantadas até seis unidades modulares de iscas vivas e até seis unidades modulares de aquaponia.

A partir desta fase, será realizado o acompanhamento técnico dessas unidades até o fim do projeto, que tem duração de 18 meses. Também haverá monitoramento dos impactos econômicos e sociais da adoção da tecnologia de manutenção de iscas vivas e aquaponia junto aos participantes dos cursos do Nossa Isca. Isso proporcionará futuras possibilidades de replicação deste modelo para outras comunidades e regiões.