Projeto incentiva leitura e autonomia dos alunos de creche em Santo André

Alunos da creche Nancy Andreoli, no Recreio da Borda do Campo, em Santo André, estão participando de um projeto voltado ao incentivo do hábito da leitura. Na atividade, chamada de Tendas Literárias, os estudantes escolhem quais histórias querem ouvir, entre seis títulos oferecidos pelas professoras.

A votação é feita por meio de uma urna e acontece pouco antes do início da contação de história. Os alunos se dirigem então para a tenda onde a professora, caracterizada, lê o texto escolhido, sentam-se nos colchonetes e escutam a história, atentos. A creche atende crianças de quatro meses a 3 anos de idade.

“O contato com a leitura faz parte da rotina da creche, porque isso é essencial para as crianças, desde o ventre. Algumas pessoas acham que não é importante a leitura para os bebês, mas a verdade é exatamente o contrário”, frisou a diretora da creche, Sueli Correia Lopes. A creche Nancy Andreoli atende hoje cerca de 215 alunos. Segundo a diretora, o contato com os livros desperta a criatividade, desenvolve a oralidade das crianças e também faz com que elas saibam lidar melhor com situações problemáticas do dia a dia e expressar sua vontade.

De acordo com a assistente pedagógica da unidade, Patricia Carla de Souza Dantas, essa forma de trabalho, que possibilita à criança escolher qual história ela quer ouvir, fortalece a autonomia do aluno e sua capacidade de tomar decisões. “Aqui, a gente foca na voz da criança, quer escutar a opinião dela naquele momento. Tanto que acontecem votações para decidir outras questões, como o nome de uma sala de aula, por exemplo”, frisou. Na creche Nancy Andreoli todas as salas de aula têm nome de ruas do bairro, que por sua vez, são nomes de animais.

“Assim a escola exercita também a cidadania dos alunos. Futuramente essas crianças vão ser eleitores, cidadãos, e é muito importante que eles sejam conscientes de sua opinião desde já e saibam argumentar e defender suas escolhas. Isso faz uma diferença imensa na vida adulta”, concluiu Sueli Correia Lopes.