Prisão preventiva para suspeitos de venda de carne imprópria no Rio de Janeiro
O produto havia ficado submerso nas enchentes do RS
- Data: 25/01/2025 17:01
- Alterado: 25/01/2025 17:01
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Crédito:Polícia Civil RJ/Divulgação
A Justiça do Estado do Rio de Janeiro determinou a conversão da prisão em flagrante de quatro indivíduos para prisão preventiva, após serem detidos por envolvimento na compra e revenda de 800 toneladas de carne imprópria para o consumo humano. Os produtos alimentícios foram adquiridos de um frigorífico localizado no Rio Grande do Sul, que foi severamente afetado pelas enchentes ocorridas em maio do ano passado.
Entre os detidos estão os proprietários da empresa estabelecida em Três Rios, além do gerente comercial e do diretor de logística, todos com suas prisões preventivas decretadas. A audiência de custódia dos envolvidos ocorreu na última sexta-feira (24).
A Polícia Civil revelou que, até o momento, apenas 17 toneladas da carne deteriorada foram rastreadas, tendo sido vendidas a um frigorífico na cidade de Contagem, em Minas Gerais.
As investigações, apoiadas pela Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, apontam que, entre maio e junho do ano passado, os sócios da empresa se aproveitaram da calamidade provocada pelas enchentes para adquirir carnes bovinas que permaneceram submersas por vários dias em Porto Alegre. Inicialmente, alegaram que a intenção era utilizar o material na produção de ração animal; no entanto, as apurações revelaram que o verdadeiro destino da carne imprópria era outro: ela foi comercializada para diversas empresas.
De acordo com informações da Polícia Civil do Rio, essa atividade criminosa gerou lucros superiores a 1.000%, colocando em risco a saúde dos consumidores em todo o Brasil.
Os suspeitos enfrentarão acusações por crimes como associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com abrangência nacional. Os quatro homens foram encaminhados ao Complexo Penitenciário de Gericinó, situado na zona oeste do Rio de Janeiro, onde permanecerão à disposição das autoridades judiciais.