Prioridade brasileira no G20, Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é tema de debate nos EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta quarta-feira, 17 de abril, de reunião para debater a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, em Washington, nos Estados Unidos. O tema é uma das prioridades da Presidência brasileira do G20. Também participaram da reunião a coordenadora da Trilha de Finanças, a embaixadora Tatiana Rosito, o secretário Guilherme Mello e o subsecretário Antônio Freitas.

A Força-tarefa para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é uma iniciativa do Brasil na Presidência do G20 e tem como objetivo atrair recursos e obter conhecimento para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais para promover a segurança alimentar e reduzir desigualdades sociais.

“Além de ser inaceitável de uma perspectiva humanística, a fome é um problema econômico urgente, que produz efeitos duradouros, em especial nas crianças”, disse Haddad. “A fome deve estar no centro das políticas econômicas, uma vez que quebrando o ciclo econômico da pobreza e eliminando a fome, damos o primeiro passo rumo a um mundo mais preparado para lidar com desafios ambientais e climáticos”, completou.

O tema já vem sendo debatido durante os encontros com os países em desenvolvimento. Durante a reunião ministerial do G24, grupo de países emergentes, na terça-feira (16), que ocorreu no contexto das Reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, a coordenadora da Trilha de Finanças abordou o tópico ao reforçar a necessidade de sinergia entre os países.

Rosito ressaltou a iniciativa do presidente Lula pela união global contra a fome e a pobreza e reforçou o compromisso com a sustentabilidade fiscal e a necessidade de investimentos de longo prazo na área social e em infraestrutura. Outro ponto levantado pela embaixadora na reunião foi a explicação sobre como os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs na sigla em inglês) podem apoiar esses esforços.

“Nossa Presidência no G20 tem se empenhado em promover agendas de interesse comum das economias emergentes”, disse Rosito. A secretária lembrou que o Brasil tem buscado estabelecer uma agenda que permita aprender com as experiências de outros países no intuito de promover uma nova Arquitetura Financeira Internacional.

“Uma forte articulação é necessária para que possamos encarar os desafios atuais”, declarou. Uma das missões da Trilha de Finanças do G20 é dar impulso a propostas de reformas nos MDBs, para que possam financiar de forma maior e mais eficiente aquilo que é mais necessário, levando em consideração os desafios de desenvolvimento global.