Pré-eclâmpsia: Saiba mais sobre a doença que afeta a cantora Lexa

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Hospital Sírio Libanês de Brasília, explica os mitos e as verdades acerca do diagnóstico da cantora Lexa, internada com 23 semanas de gestação

  • Data: 23/01/2025 14:01
  • Alterado: 23/01/2025 14:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria
Pré-eclâmpsia: Saiba mais sobre a doença que afeta a cantora Lexa

A cantora Lexa

Crédito:Divulgação

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A pré-eclâmpsiacondição que fez com que a cantora Lexa tenha sido internada nesta semana – é uma condição que é a causa principal de complicações durante a gestação, afetando entre 5% e 8% das gestantes. Ainda que a doença seja bastante divulgada, existem muitas informações desencontradas, o que pode dificultar não apenas a prevenção, mas o tratamento.


Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Hospital Sírio Libanês, esclarece os principais mitos e verdades sobre a pré-eclâmpsia:

Mito 1: A pré-eclâmpsia só acontece no final da gravidez.
A verdade: O diagnóstico pode surgir a partir da metade da gestação, cerca de 20 semanas. Em casos raros o desenvolvimento vem no pós-parto.

Mito 2: Toda pressão alta na gestação pode ser chamada de pré-eclâmpsia.A verdade: Ainda que o principal sintoma da pré-eclâmpsia seja o aumento da pressão arterial, para ser fechado o diagnóstico é preciso haver outros fatores – presença de proteínas na urina e outras alterações em exames laboratoriais completam o quadro da doença.

Mito 3: A alimentação não é fator que pode influenciar no risco de desenvolvimento da doença.A verdade: A alimentação é um fator que pode aumentar o risco de desenvolvimento de pré-eclâmpsia, por isso uma dieta rica em nutrientes diminui o risco, mas não elimina completamente a chance de ocorrência.

Mito 4: Pré-eclâmpsia acontece apenas em mulheres mais velhas.
A verdade: A idade é sim um fator de risco para o desenvolvimento da doença, mas outros fatores, inclusive hereditários podem fazer com que mulheres mais jovens sejam diagnosticadas com a pré-eclâmpsia, especialmente quando em gravidez de múltiplos ou nas primeiras gestações.

Mito 5: O único tratamento é o parto.
A verdade: Ainda que em casos graves o parto seja o único tratamento definitivo, é importante dizer que a depender do caso, a doença pode continuar no período pós-parto. Além disso, é preciso avaliar caso a caso para equilibrar os riscos para a mãe e para o bebê.

Mito 6: Não há prevenção para a doença, mesmo em casos hereditários.
A verdade: Ainda que seja uma doença que pode ter fator hereditário, algumas medidas preventivas podem diminuir ou até anular o risco de desenvolvimento da doença. Prática constante de atividade física, controle da alimentação são dois fatores cruciais para gestantes que querem diminuir o risco do desenvolvimento da doença.

Mito 7: Uma vez que a gestante apresente pré-eclâmpsia, o diagnóstico virá em gestações posteriores.A verdade: É perfeitamente possível e comum que uma mulher não desenvolva a pré-eclâmpsia em uma gestação posterior. Muitas mulheres que apresentaram essa condição na primeira gestação, tiveram gestações posteriores livres de intercorrência.

Mito 8: A pré-eclâmpsia afeta apenas a gestante.
A verdade: A condição traz riscos para a mãe e para o bebê, que incluem parto prematuro, restrição do crescimento do feto e, em casos graves, risco de morte da mãe, daí a importância do pré-natal e do tratamento seguido à risca.

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  • Data: 23/01/2025 02:01
  • Alterado:23/01/2025 14:01
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