Polícia prende trio especializado em fraudes de aluguel de imóveis no RJ
Eles usavam documentos falsos para criar contratos fraudulentos
- Data: 07/02/2025 09:02
- Alterado: 07/02/2025 09:02
- Autor: Redação
- Fonte: G1
Uma operação policial realizada na manhã da última quinta-feira (6) resultou na prisão de três indivíduos suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em fraudes relacionadas a plataformas de aluguel de imóveis. Os detidos, identificados como Eduardo Osório de Oliveira, Bruno de Souza Pinto e Letícia Wagner Pereira, são acusados de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
A investigação teve início após várias denúncias de vítimas que procuraram a 19ª Delegacia de Polícia (DP), localizada na Tijuca, RJ, relatando golpes perpetrados em contratos de locação. Segundo as apurações, os suspeitos utilizavam informações e documentos pessoais de terceiros para fechar contratos fraudulentos em sites de aluguel.
De acordo com as autoridades, o grupo era responsável por criar perfis falsos em plataformas de locação de imóveis luxuosos, utilizando dados obtidos ilegalmente. Eduardo Osório, que trabalhava em uma empresa de telefonia, teria sido o responsável por coletar informações das vítimas e fotos (selfies) de clientes com alta renda, cujos ganhos superavam R$ 40 mil mensais.
Com esses dados em mãos, os golpistas anunciavam imóveis luxuosos e se passavam por inquilinos. O delegado Álvaro Gomes, da 19ª DP, elucidou a mecânica do esquema: “Essas plataformas frequentemente garantem o pagamento dos valores ao proprietário em casos de inadimplência. Assim, os criminosos se beneficiavam da própria indenização das plataformas após deixarem de pagar os aluguéis”.
O monitoramento da quadrilha foi realizado com autorização judicial e permitiu à polícia descobrir a extensão das fraudes. Durante a abordagem na residência de Bruno Pinto, os agentes encontraram uma quantidade significativa de documentos falsificados e cartões de crédito vinculados a outras pessoas.
A 19ª DP agora investiga se a quadrilha pode estar envolvida em crimes semelhantes em outros estados do Brasil. Os três detidos enfrentarão acusações graves que podem resultar em severas penalizações sob as leis vigentes.