Polícia Federal investiga coronel ligado a Braga Netto por envolvimento em estratégia golpista
Situação gera alarme sobre a democracia no Brasil.
- Data: 17/12/2024 02:12
- Alterado: 17/12/2024 02:12
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
No último sábado (14), a Polícia Federal cumpriu mandatos de busca e apreensão contra o coronel da reserva Flávio Botelho Peregrino , estreitamente ligado ao ex-ministro Walter Braga Netto , que foi preso por suspeitas de interferência de Justiça . Peregrino, conhecido como “Cid de Braga Netto”, acompanhou o general em diversas funções ao longo do governo Bolsonaro , participando como assessor em áreas como a Casa Civil e o Ministério da Defesa.
Embora não esteja formalmente investigado, sua proximidade com Braga Netto levanta questionamentos. A Polícia Federal encontrou documentos em sua mesa que envolvem envolvimento na articulação de estratégias de defesa para Braga Netto e outros aliados em um inquérito relacionado a uma trama golpista. Dentre esses documentos, um manuscrito denominado “Operação 142” apresenta propostas antidemocráticas, incluindo a anulação das eleições e a prorrogação de mandatos.
Peregrino argumenta que os documentos eram apenas anotações sobre notícias da mídia e que não tinham a intenção de planejar um golpe de Estado . Seus defensores sustentam que as informações serviram para preparar respostas às demandas da imprensa e para orientar depoimentos nas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI).
A situação ressalta a complexidade do cenário político atual , onde laços pessoais entre militares e figuras políticas levantam preocupações sobre a integridade das instituições democráticas. O futuro dessas investigações é incerto, mas o revelador dos eventos sugere que uma interação entre militares e políticos continuará a ser um ponto crítico no debate público no Brasil.