Placas de inauguração da Prefeitura de SP passam a ter acesso em braille e audiodescrição
Segundo o Censo 2010, existem no Brasil mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, só na cidade de São Paulo são mais de 300 mil pessoas cegas
- Data: 19/12/2023 15:12
- Alterado: 19/12/2023 15:12
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
. Placa da inauguração da nova sede do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD), que pode ser acessada por braille e oferece também audiodescrição por meio de QR Code
Crédito:Fábio Nunes/SMPED
A Prefeitura de São Paulo inovou mais uma vez e no dia 11 de dezembro, durante a última edição de 2023 do “Inclui Sampa nos Bairros, o prefeito Ricardo Nunes e a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Silvia Grecco assinaram o Decreto Nº 63.013, que dispõe sobre recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual que devem ser adotados nas placas comemorativas e de identificação de novos equipamentos municipais.
Por meio do braille — sistema de escrita e leitura tátil para as pessoas cegas – e do QRCorde – código que pode ser facilmente escaneado usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera — as placas comemorativas e de identificação dos equipamentos municipais serão acessíveis para as pessoas com deficiência visual e cegas.
Segundo o Censo 2010, existem no Brasil mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, só na cidade de São Paulo são mais de 300 mil pessoas cegas.
A sede do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD) foi a primeira a receber a nova placa. Inovadora, a iniciativa reforça o compromisso da cidade com a acessibilidade, além de quebrar barreiras atitudinais e comunicacionais.
A secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Silvia Grecco, reforça o quanto é importante pensarmos no todo e acessibilizar tudo que pudermos para as pessoas com deficiência. “Estes pequenos detalhes fazem toda a diferença. Agora a pessoa com deficiência chega no espaço inaugurado e consegue fazer a leitura tátil ou com a audiodescrição sozinha sem precisar perguntar para os outros. Isso é inclusão! A Prefeitura de São Paulo entrega diversos equipamentos e são inúmeras placas de inauguração e acessibilizar essas placas é de extrema importância. O nosso objetivo é e sempre será uma São Paulo mais inclusiva”, disse.
De uma atualidade impressionante, o braille manteve-se quase que inalterável até os dias de hoje. Baseado na combinação de seis pontos em relevo distribuídos em duas colunas e três linhas, a conjunção possibilita a escrita de alfabeto, números, pontuação, simbologia, matemática, química, física e partituras, entre outros. Possibilitando, que pessoas com deficiência visual e cegas alfabetizadas com o braille também tenham as mesmas informações sobre as placas dos locais, de acordo com as suas inaugurações. Além disso, permite que pessoas que também não são alfabetizadas em Braille, acompanhem a audiodescrição, recurso fundamental.
A audiodescrição oferece as informações necessárias e mais relevantes do conteúdo, descrevendo personagens, cenários, figurinos, ações, gestos, expressões faciais, mudanças de cena, letreiros e outras imagens em geral. Possibilita que pessoas com deficiência visual, cegas e com baixa visão compreendam e acompanhem a narrativa e a obra audiovisual. A audiodescrição é realizada entre os diálogos, sem interferir nas informações sonoras relevantes e originais da produção.
O recurso também pode beneficiar públicos com outras deficiências e idosos. A disponibilidade do recurso pode ser feita mixada ao áudio original, distribuída em fones receptores em teatros, acessada através de texto pelos softwares leitores de tela em vídeos, sites, audioguias, entre outros.