PIB do Brasil cresce 0,9% no 3º trimestre de 2024 com forte impulso dos setores de Serviços e Indústria
Setor de serviços lidera alta com 4,1%, agropecuária cai. Governo otimista prevê mais empregos e renda para 2024
- Data: 03/12/2024 11:12
- Alterado: 03/12/2024 11:12
- Autor: Redação
- Fonte: Governo Federal
Crédito:Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,9% na transição do segundo para o terceiro trimestre deste ano, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 3 de dezembro. A análise pela ótica da produção revela que os setores de Serviços e Indústria contribuíram positivamente, com aumentos de 0,9% e 0,6%, respectivamente. Em contrapartida, a Agropecuária apresentou uma queda de 0,9%. Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 3 trilhões no período.
Ao longo dos primeiros nove meses do ano, o PIB acumulou um crescimento de 3,3%, enquanto a alta nos últimos quatro trimestres foi de 3,1%. Comparando com o terceiro trimestre de 2023, houve um aumento de 4%, marcando a décima quinta elevação consecutiva nesse tipo de comparação. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou otimismo nas redes sociais ao afirmar que o crescimento econômico está proporcionando mais empregos e renda para a população.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou que o crescimento até setembro supera as expectativas e evidencia um cenário positivo para a geração de renda e emprego. Ela enfatizou a importância de políticas que promovam o equilíbrio fiscal como forma de garantir a sustentabilidade das conquistas econômicas.
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, os serviços se destacaram tanto na comparação trimestral quanto anual. No último ano, o setor cresceu 4,1%, enquanto a Indústria teve um aumento de 3,6% e a Agropecuária uma redução de 0,8%. O desempenho do setor de Serviços foi impulsionado por áreas como Informação e Comunicação (7,8%) e Outras Atividades de Serviços (6,4%), além dos setores Financeiro (5,1%), Comércio (3,9%) e Imobiliário (3,1%).
No âmbito industrial, houve um crescimento notável nas Construções (5,7%) e nas Indústrias de Transformação (4,2%), sendo este último influenciado pela produção de veículos automotores e produtos químicos. O setor de Eletricidade e Gás também avançou 3,7%, apesar das condições tarifárias desfavoráveis. As Indústrias Extrativas foram a única exceção com uma queda de 1%, refletindo a diminuição na extração de petróleo e gás.
No terceiro trimestre de 2024, o consumo das famílias aumentou em 5,5%, sustentado por programas governamentais e melhorias no mercado laboral. O consumo governamental também subiu 1,3%. A taxa de investimento cresceu para 17,6%, superior aos 16,4% registrados no mesmo período do ano anterior. Contudo, a taxa de poupança caiu para 14,9%, abaixo dos 15,4% observados em 2023.
O IBGE também realizou revisões significativas nas séries trimestrais devido à transição do ano base das contas nacionais para 2021. Como resultado dessas atualizações nos dados primários referentes a 2023 e 2024, o crescimento do PIB para o ano passado foi ajustado de 2,9% para 3,2%. No setor agropecuário, as revisões se beneficiaram da incorporação de novas fontes anuais como Produção Agrícola Municipal e Produção Pecuária Municipal.
Essas revisões demonstram uma adaptação contínua dos dados econômicos às realidades atuais do país e destacam a importância das atualizações metodológicas na análise econômica nacional.