PF prende quadrilha que cobrava para ‘aprovar’ candidatos na OAB
De acordo com a Polícia Federal, o grupo promovia fraudes bancárias eletrônicas, além de roubo e revenda dos dados de cartões de crédito
- Data: 04/06/2019 14:06
- Alterado: 04/06/2019 14:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Cofre da casa do líder da organização criminosa
Crédito:Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) em São Paulo deflagrou na manhã desta terça-feira, 4, a Operação Singular, para desarticular uma organização que praticava crimes cibernéticos.
Os federais descobriram que um dos líderes do grupo invadiu o sistema de uma empresa responsável pela realização de concursos e cobrou valores em criptomoedas para “aprovar” candidatos que alcançassem a segunda fase do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A investigação foi realizada na deep web, parte da internet não indexada em mecanismos de busca, e identificou que o grupo contava com sete líderes. De acordo com a PF, o grupo promovia fraudes bancárias eletrônicas, roubando e revendendo dados de cartões de crédito.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva, nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará. Um dos investigados permanece foragido.
O principal crime cometido é a fraude bancária eletrônica, com o roubo de dados de cartões de crédito e sua posterior revenda. Foi identificado que um dos hackers da quadrilha invadiu o sistema informático de uma grande empresa responsável pela elaboração de concursos e cobrava valores em criptomoedas para aprovar candidatos que conseguissem chegar à segunda fase do certame.
O crime de formação de organização criminosa prevê pena de 3 a 8 anos de reclusão. Já o furto de cartões de crédito prevê de 2 a 8 anos de prisão. Por fim, o crime de invasão de dispositivo informático, pena de 1 a 4 anos.