PF prende no aeroporto de Guarulhos operador que lavou R$ 1,4 bilhão em criptoativos
Investigado foi detido neste domingo, 7, quando embarcava para Dubai; PF descobriu conta que movimentou R$ 13 bilhões em quatro anos e suspeita que alvo ocultou valores do tráfico
- Data: 08/01/2024 11:01
- Alterado: 08/01/2024 11:01
- Autor: Redação
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Divulgação/Freepik
A Polícia Federal (PF) prendeu, na área migratória do aeroporto de Guarulhos, um operador especializado em lavar dinheiro com criptoativos – segundo o investigadores, em apenas dez meses, a conta bancária usada pelo suspeito movimentou mais de R$ 1,4 bilhão.
O investigado foi preso neste domingo, 7, quando tentava embarcar para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A ordem de custódia cautelar foi expedida no bojo da Operação Colossus para “resguardar a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal”.
De acordo com a Polícia Federal, o homem fixou residência em Dubai para “seguir com a prática criminosa” e “dificultar a atuação das autoridades”. O alvo foi preso após dias de monitoramento feito pela PF.
Na Colossus, foi identificado que uma das empresas controladas pelo investigado movimentou, entre 2017 e 2021, mais de R$ 13 bilhões entre créditos e débitos, sem apresentar registros de emissão de Notas Fiscais compatíveis com a movimentação bancária. Também foram encontradas evidências de operação com dinheiro proveniente de tráfico de drogas e outros crimes.
O suspeito é investigado por receber recursos ilícitos no País e lavar o dinheiro com a disponibilização dos montantes como criptoativos, tanto no exterior quanto no País. A ocultação da origem do dinheiro se dava pelo uso de empresas de fachada de laranjas. A PF também apura suposta prática dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio.
Os investigadores tem provas de que, mesmo morando fora, o suspeito segue lavando dinheiro: foi identificada uma conta bancária de uma empresa pertencente a um “laranja” usada pelo investigado para o recebimento e transferência de recursos. “Com registros de atuação ao longo do último ano, em apenas dez meses a conta bancária por ele utilizada apresentou movimentação bancária superior a R$ 1,4 bilhão”, ressaltou a corporação.