PF investiga desabamento de ponte entre Maranhão e Tocantins
Tragédia deixou quatro mortos e 13 desaparecidos; caminhões com produtos tóxicos caíram no Rio Tocantins, aumentando riscos ambientais
- Data: 25/12/2024 11:12
- Alterado: 25/12/2024 11:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão
Crédito:Bombeiros Militar/Governo do Tocantins
Na terça-feira, 24 de outubro, a Polícia Federal iniciou um inquérito para investigar as causas e responsabilidades relacionadas ao desabamento parcial da ponte que conecta os estados do Maranhão e Tocantins. O incidente resultou na morte de quatro pessoas, enquanto outras 13, incluindo 11 adultos e duas crianças, permanecem desaparecidas.
A operação de busca pelas vítimas e pelos veículos submersos será apoiada por drones subaquáticos operados pelo Núcleo de Polícia Marítima da Polícia Federal. As equipes realizarão uma varredura no Rio Tocantins para localizar os caminhões e outros veículos que caíram na água durante o acidente.
De acordo com informações obtidas pelo Estadão, a investigação será conduzida pelas Superintendências da Polícia Federal nos estados do Maranhão e Tocantins, as quais têm jurisdição sobre a região afetada. Entre as medidas planejadas estão diversas perícias que visam esclarecer as circunstâncias do desastre.
A ponte em questão possui um contrato de manutenção vigente até julho de 2026, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Contudo, a autarquia não conseguiu firmar um contrato com uma empresa para realizar as obras necessárias na estrutura. Em maio deste ano, o DNIT lançou um edital no valor de R$ 13 milhões para a recuperação da ponte, mas a licitação não obteve sucesso.
Veja o momento em que a ponte desabou:
BIZARRO😱
— Fabio Souza Petista🚩 (@fdesouzaalves) December 22, 2024
O exato momento que a ponte que liga o Maranhão e Tocantins começou a desabar. pic.twitter.com/zdyEgaNm8K
No total, três caminhões que transportavam substâncias perigosas, incluindo 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico altamente corrosivo, caíram no rio como resultado do colapso da ponte. A Polícia Federal enfatizou a necessidade de investigar não apenas as causas do acidente, mas também os possíveis danos ambientais que dele resultam, garantindo que os responsáveis sejam responsabilizados. Em nota, a corporação destacou sua preocupação com a segurança da população e a proteção ambiental.
Como precaução, o governo do Maranhão determinou a suspensão da captação de água para abastecimento público nas localidades situadas abaixo do local do desabamento no curso do rio. Essa medida permanecerá em vigor até que se confirme que a pluma de contaminantes se diluiu e não representa mais risco à potabilidade da água.
O DNIT assumirá a responsabilidade pelas obras de restauração da ponte, com um investimento previsto entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões e conclusão estimada para 2025. O financiamento virá do Governo Federal.