Paulinho da Força defende “conversa” com mercado para Lula vencer no 1º turno
Presidente do Solidariedade reforçou a necessidade de ampliar a aliança para além da esquerda
- Data: 23/05/2022 14:05
- Alterado: 23/05/2022 14:05
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Divulgação
O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, disse nesta segunda-feira, 23, acreditar na possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer a eleição presidencial no primeiro turno. Para isto, o líder reforçou a necessidade de ampliar a aliança para além da esquerda e procurar personalidades que conversem com o empresariado e o setor financeiro.
“Esse é o nosso principal papel: ampliar aliança e fazer com que o presidente Lula possa ser candidato não só de um partido, mas de uma frente bem ampla para que a gente possa ganhar as eleições em primeiro turno”, disse Paulinho durante a primeira reunião da coordenação geral da campanha do ex-presidente. “Como eu acredito que a eleição vai se estreitar cada dia mais, eu não acredito em segundo turno. Acredito que a eleição vai ser resolvida no primeiro turno”, reforçou aos jornalistas.
Paulinho defendeu a proposta de ampliar aliança com partidos que lançaram pré-candidaturas que ainda não ganharam força, como a chamada terceira via.
“Agora que a gente vai falar com cada um dos partidos e os partidos vão analisar os seus candidatos. Tem muitos candidatos na terceira via, a terceira via que vem definhando, acho que é possível a gente ampliar as alianças baseado nesses partidos que os candidatos ainda não pegaram no tranco e não vão pegar”, afirmou.
O líder destacou ainda o papel do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na missão de agregar apoio à disputa ao Planalto. “Ele tem espaço hoje no Brasil inteiro e pode trabalhar para fazer essa ampliação e, lógico, fazer aquele papel que o Lula não consiga fazer”, explicou.
Pesquisas internas
A primeira reunião da coordenação geral da campanha de Lula apresentará panorama de pesquisas internas e promoverá um debate político sobre conjuntura nacional.
No encontro estão presentes, além de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) e presidentes e dois representantes dos sete partidos que compõem a coligação: PT, PSB, Solidariedade, PSOL, PCdoB, PV e Rede.
A ideia do encontro é justamente alinhar as conversas para que as siglas possam dividir trabalhos em prol da eleição de Lula. De acordo com o prefeito de Recife, João Campos (PSB), que participa da reunião, serão apresentados os coordenadores da campanha, os eixos desenhados e como cada partido fará sua contribuição.
Para o pré-candidato à Câmara Guilherme Boulos (PSOL) “vai ser uma reunião de escuta” do que está sendo construído na pré-campanha”, além de um espaço para as legendas trazerem suas sugestões.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede), coordenador da campanha, afirmou que o encontro revela a força do apoio em torno de Lula e destacou que agora é momento de “fazer apelo às forças democráticas”. “Não vai ser uma eleição simples, mas ganhá-la no primeiro turno é uma necessidade para a democracia brasileira”, disse aos jornalistas.