Passeio no Cemitério Santo Amaro reconstrói o período de formação da cidade de São Paulo

Visita mediada gratuita e aberta ao público ocorre neste sábado (18), a partir das 10h

  • Data: 17/05/2024 17:05
  • Alterado: 17/05/2024 17:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Cortel SP
Passeio no Cemitério Santo Amaro reconstrói o período de formação da cidade de São Paulo

Milagreiros são destaques no Cemitério Santo Amaro

Crédito:Thiago de Souza

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Uma viagem às origens da formação da região metropolitana de São Paulo pode ser vivenciada a partir deste sábado (18), a partir das 10hs, em visita mediada que ocorre pela primeira vez no cemitério público de Santo Amaro. A necrópole – fundada em 1856, dois anos antes do cemitério da Consolação, em São Paulo – acabou alçando o posto de cemitério mais antigo da cidade desde 1935, quando o então município independente de Santo Amaro foi anexado à cidade paulista tornando-se, como é hoje, um bairro da capital.

Rota de jesuítas e bandeirantes em um período de formação da cidade de São Paulo, o cemitério de Santo Amaro, está ligado à própria constituição do território que já foi paróquia, freguesia, até se tornar município, em 1833. Sua origem está na construção de uma capela, que será aberta ao público durante o passeio, que compõe a programação da 22ª edição Semana Nacional de Museus.

Os passeios são capitaneados pela historiadora, doutora e mestre em Artes Visuais, Viviane Comunale, e o advogado e influenciador Thiago de Souza, criador do projeto “O que te assombra?”. Durante o percurso, a dupla, que também é parceira da Cortel SP em passeios mensais, conta detalhes de artes tumulares, dos artistas envolvidos e de personalidades que descansam nas unidades.

Na visita, o público conhecerá mais sobre a formação do bairro e personagens que ajudam a contar boa parte da sua história, desde o período da colonização até os “milagreiros” como Bento do Portão, Alzira, “Noeminha” e Vó Angelina. Faz parte do passeio personalidades como o artista Júlio Guerra, autor da estátua do bandeirante Borba Gato, que ainda simboliza as tensões do período. “Trata-se de uma visita mais antropológica do que artística, se compararmos, por exemplo, aos passeios realizados no Cemitério São Paulo”, conta Viviane.

Estão sepultados ali alguns personagens históricos local e até do Brasil, como o poeta Paulo Eiró, José Foster, comandante da Guerra da Cisplatina, e Karl Czernik, ciclista e uma figura histórica do bairro.

“Todo cemitério tem uma história para contar. Cemitérios são grandes interlocutores dos locais que estão situados. O Cemitério Santo Amaro conta com sua formação com colônias italianas, traços inevitáveis dos Bandeirantes, expressões artísticas ligadas a isso, devoção ao Santo Amaro e, sobretudo, aos milagreiros, materializados no Bento do Portão. Ele, inclusive, conta com um santuário construído pela então prefeita Marta Suplicy, que atendeu a uma demanda dos frequentadores e devotos”, explica Thiago.

Promovida pela Abec, a Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, a Semana Nacional de Museus objetiva fortalecer os espaços como fontes de história e ativos para colaborar na preservação da memória paulista e brasileira.

Serviço

Visita mediada no Cemitério Santo Amaro

18/05/24, às 10h

Rua Min. Roberto Cardoso Alves, 186 – Santo Amaro

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  • Data: 17/05/2024 05:05
  • Alterado:17/05/2024 17:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Cortel SP









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