Parapan 2023: Brasil se aproxima da 100ª medalha de ouro no Chile

Em seis dias de competição em Santiago, Brasil já conquistou 94 medalhas de ouro; país é representado por 324 atletas até dia 26 de novembro na capital chilena

  • Data: 23/11/2023 13:11
  • Alterado: 23/11/2023 13:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
Parapan 2023: Brasil se aproxima da 100ª medalha de ouro no Chile

Gabriel Silva

Crédito:Washington Alves/CPB

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O Brasil começou o sexto dia de Jogos Parapan-Americanos nesta quinta-feira, 23, conquistando mais duas medalhas de ouro durante a manhã. A última delas, do nadador mineiro Gabriel Araújo nos 50m costas da classe S2 (comprometimento físico-motor), deixou o país a seis medalhas das 100 conquistas douradas na competição. Até o término do dia, os atletas brasileiros ainda têm decisões na natação, atletismo, ciclismo e no rúgbi em cadeira de rodas.

Para esta edição, a delegação brasileira conta com 324 atletas, 190 homens e 134 mulheres, oriundos de 23 estados e do DF, em 17 modalidades. Desses competidores, 51 têm até 23 anos, 108 são cadeirantes, 132 são estreantes no evento continental, 72 treinam nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 11 disputaram o Parapan de Jovens, em Bogotá, Colômbia, no último mês de junho.

A primeira medalha de ouro do dia saiu na prova dos 400m livre da classe S13 (baixa visão), com o carioca Douglas Matera, que chegou a sua sexta medalha de ouro neste Parapan, após registrar um tempo de 4min36s66, batendo o recorde parapan-americano da classe S12 (baixa visão), para atletas com comprometimentos maiores que os disputam na classe S13, de 4min53s92, que pertencia ao colombiano Miguel Otero, conquistado no Rio de Janeiro, no dia 14 de agosto de 2007. Na natação, quanto menor o número da classe, maior a limitação.

A prata foi para o mexicano Fernando Martínez, com 4min40s9, e o bronze ficou com o também carioca Thomaz Matera, irmão do Douglas, com tempo de 4min45s20.

“Doeu bastante, a gente vai se encaminhando para o final da competição, sexto dia, mas cheguei na frente, e é o que importa. Eu sou bastante autocrítico, o tempo não foi muito bom, dei uma pesada no final, mas o que importa aqui no campeonato é bater na borda primeiro e deu para ganhar mais um ouro para o Brasil, então eu estou feliz”, disse Douglas Matera, 30, que nasceu com retinose pigmentar, uma mutação genética hereditária que causa perda gradual de visão.

Gabriel Araújo levou a medalha de ouro na prova dos 50m costas da classe S2 (comprometimento físico-motor), após atingir a marca de 56s70. A medalha de prata foi dividida entre o mexicano Cristopher Tronco e Alberto Abarza, que empataram no segundo lugar com tempo de 1min02s03, dispensando o bronze. Outro brasileiro na disputa, o paulista José Ronaldo terminou na sexta posição, com 1min19s19.

“Eu poderia não estar nesses Jogos Parapan-Americanos. Eu tive uma lesão no tornozelo logo que voltei do Mundial de Manchester, então eu fiquei bem preocupado e com medo de não estar na melhor forma, de não conseguir chegar aqui e conseguir bons resultados, mas eu tive o apoio do Praia Clube e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que me ajudaram da melhor forma possível para que eu chegasse aqui no melhor resultado”, disse o mineiro Gabriel Araújo, 21, que tem focomelia, doença congênita que impede a formação completa de braços e pernas, sobre a importância de estar neste Parapan e subindo tantas vezes ao pódio.

Nove atletas garantiram suas vagas nas finais desta tarde e noite. O grande destaque foi o paulista Victor dos Santos na bateria 2 da prova dos 100m costas da classe S9 (comprometimento físico-motor). O atleta de apenas 15 anos fez um tempo de 1min06s15, batendo o recorde parapan-americano, de 1min06s96, que pertencia ao norte-americano Michael Prout, conquistado no Rio de Janeiro no dia 14 de agosto de 2007.

Na bateria 1 dos 100m costas da classe S9 (comprometimento físico-motor), Lucas Lamente se classificou para a final após terminar em primeiro lugar com um tempo de 1min07s59. Na bateria 2, o paulista Andrey Pereira, em segundo lugar e com 1min06s60, também se garantiu na final.

Na prova dos 200m medley da classe SM8 (comprometimento físico-motor), Cecília Araújo se classificou para a final após ficar na segunda colocação com um tempo de 3min17s44, ficando atrás somente da colombiana Laura González, com 3min12s58.

Pela bateria 1 da prova dos 200m livre da classe S5 (comprometimento físico-motor), Lídia Cruz garantiu sua vaga na final após terminar em primeiro lugar com um tempo de 3min15s49. Na bateria 2, Patrícia Santos ficou em segundo, com 3min23s74, e Esthefany Rodrigues em terceiro, com 3min26s67.

Nos 200m livre da classe S5 (comprometimento físico-motor), o paulista Samuel Oliveira se classificou após terminar na segunda posição com um tempo de 3min08s74. Outro brasileiro na prova, o também paulista e primo de Samuel, Tiago de Oliveira se garantiu com uma marca de 3min12s09, na quarta colocação.

As provas de natação continuam neste final de tarde e início de noite em Santiago.

Confira a programação completa:

17h04: 200m medley – SM8 – feminino

Cecília Araújo

17h24: 200m livre – S5 – feminino

Lídia Cruz, Patrícia Santos e Esthefany Rodrigues

17h32: 200m livre – S5 – masculino

Samuel da Silva e Tiago de Oliveira

18h04: 100m costas – S9 – feminino

Mariana Gesteira

18h10: 100m costas – S9 – masculino

Victor dos Santos, Lucas Lamente e Andrey Pereira

18h40: 100m livre – S10 – masculino

Ruan Lima, Phelipe Melo e Vanilton do Nascimento

18h45: Revezamento 4x100m misto

Badminton

O Brasil disputou três partidas no badminton nesta manhã, vencendo todas elas. O destaque foi o paranaense Vitor Tavares, atual líder do ranking internacional da Federação Internacional de Badminton (BWF sigla em inglês). Ele venceu o peruano Nilton Quispe, número três do ranking, por 2 a 0, com parciais de 21/8 e 21/9, pelo Grupo A da classe SH6 (baixa estatura).

Pelo Grupo C da classe SL4 (pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam), o paranaense Breno Eduardo venceu o norte-americano Richard Alcaraz por 2 a 0, com parciais de 21/10 e 21/12. Pelo Grupo A da classe SU5 (deficiência nos membros superiores), o mato-grossense Yuki Roberto venceu o peruano Jairo Aranguri também por 2 a 0, com parciais de 21/17 e 21/17.

Patrocínios

As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da natação e do badminton.

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  • Data: 23/11/2023 01:11
  • Alterado:23/11/2023 13:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro









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