Osesp toca ao lado de músicos da Orquestra do NCPA de Pequim

Apresentações celebram amizade e cooperação entre Brasil e China e trazem no programa obras de Beethoven, Ligeti e Janácek, além de Abertura do compositor chinês Li Huanzhi

  • Data: 17/04/2023 13:04
  • Alterado: 17/04/2023 13:04
  • Autor: Redação
  • Fonte: Osesp
Osesp toca ao lado de músicos da Orquestra do NCPA de Pequim

Kevin John Edusei

Crédito:Chineke Orchestra/Divulgação

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Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras na Sala São Paulo, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp apresenta concertos especiais nesta semana, entre quinta (20/abr) e sábado (22/abr). Pela primeira vez em sua história, nossa Orquestra vai dividir o palco simultaneamente com 11 instrumentistas convidados, entre eles o spalla, Li Zhe, que fazem parte da Orquestra do National Centre for the Performing Arts de Pequim – NCPA. As apresentações terão regência do alemão Kevin John Edusei e o violinista chinês Ning Feng como solista convidado (interpretando o Concerto para Violino de Beethoven). O programa terá, ainda, obras de György Ligeti (que completaria 100 anos em 2023) e Leos Janácek. Lembrando que a performance de sexta-feira (21/abr), às 20h30, será transmitida ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.

A comitiva chinesa, que também passará por Argentina e Uruguai, é composta por 20 representantes do NCPA no total, entre eles o vice-presidente da instituição, Zhao Tiechun. A participação dos músicos da Orquestra do NCPA nestes concertos da Osesp tem o intuito de celebrar e fortalecer a amizade e a cooperação entre Brasil e China, e é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, do Consulado Geral da República Popular da China em São Paulo, do NCPA – National Centre for the Performing Arts de Pequim, e da Fundação Osesp.

A Abertura do Festival da Primavera, composta por Li Huanzhi (1919-2000) na década de 1950, foi originalmente escrita para ser o primeiro movimento da Suíte do Festival da Primavera e hoje é conhecida ao redor do mundo como uma peça autônoma. Festival da Primavera é o termo usado na China para aquilo que no Ocidente convencionou-se chamar de “Ano Novo Lunar” ou “Ano Novo Chinês” – as celebrações duram 15 dias. A música que ouviremos com a Osesp se refere especificamente às festividades de Shanbei, na província de Shaanxi, Noroeste da China. Muito popular em seu país de origem, a obra foi uma das 30 escolhidas, em 2007, para ser enviada ao espaço a bordo do “Chang’e nº 1”, primeiro satélite lunar da China, que transmitiu a música de volta para a Terra a uma distância de cerca de 380 mil quilômetros.

O ano de 1806 foi de intensa criatividade na vida de Ludwig van Beethoven (1770-1827). Nele, o compositor completou seu Concerto para Piano nº 4, a Quarta Sinfonia e os três Quartetos “Razumovsky”, entre outras obras, além de trabalhar em sua ópera Fidelio. Em dezembro, deu-se a estreia do Concerto para Violino em Ré Maior, Op. 61, uma das grandes obras na história da música ocidental e a única que Beethoven completou para o instrumento, sob encomenda do violinista Franz Clement. O Concerto ficou pronto poucos dias antes da estreia, programada para 23 de dezembro daquele ano, e aparentemente Clement viu-se obrigado a ler boa parte da obra à primeira vista ao executá-la, dadas sua complexidade e sua concepção incomuns.

Concluído em junho de 1951, o Concerto Romeno é a primeira obra orquestral em grande escala de György Ligeti (1923-2006) e um dos principais frutos criativos de suas incursões etnomusicológicas. Inspirado também na tradição da música de concerto de que era herdeiro, ele apresenta figurações e perfis melódicos que aludem à Rapsódia nº 1, do romeno George Enescu, e dialoga com a escrita orquestral das Danças Romenas, da Suíte de Danças, do Concerto para Orquestra ou do Concerto para Viola de Bartók, seu “ídolo” declarado.

Encomendada para a 8ª Convenção Nacional da Sokol – associação tcheca de ginástica e instituição crucial na promoção de uma consciência nacional –, a Sinfonietta do autor tcheco Leo Janácek (1854-1928) conta com cinco movimentos. Apesar dos títulos descritivos, não se trata de uma peça programática, amarrada por uma narrativa, mas de um conjunto de sugestões. Com exceção do primeiro movimento, “Fanfarras”, todos os demais foram livremente inspirados em locais de Brno (antiga capital da Morávia, parte da atual República Tcheca) afetivamente relevantes para o compositor: “O Castelo”, “O Monastério da Rainha”, “A Rua”, “A Prefeitura”.

SERVIÇO

20 de abril, quinta, às 20h30

21 de abril, sexta, às 20h30 –

22 de abril, sábado, às 16h30

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos

Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares

Recomendação etária: 07 anos

Ingressos: Entre R$ 50,00 e R$ 258,00 (preços inteiros)

Bilheteria (INTI): Neste link

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  • Data: 17/04/2023 01:04
  • Alterado:17/04/2023 13:04
  • Autor: Redação
  • Fonte: Osesp









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