Oscar 2019: Os esnobados

Encontramos os nomes que desapareceram da lista de indicados ao Oscar. Confira!

  • Data: 08/02/2019 16:02
  • Alterado: 08/02/2019 16:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Lilian Trigo
Oscar 2019: Os esnobados

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Faltando menos de um mês para a cerimônia de entrega do prêmio máximo do cinema, alguns nomes, considerados certos, sumiram da lista. Se “Roma” e “A Favorita” largaram na frente com 10 indicações cada, filmes como “Podres de Ricos” e “O Retorno de Mary Poppins”, indicados tanto ao Golden Globe quanto ao SAG Awards, foram deixados de fora. “O Primeiro Homem”, cinebiografia de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a caminhar sobre a lua, concorre apenas nas categorias técnicas. O belo “Se a Rua Beale Falasse”, a adaptação do livro homônimo de James Baldwin dirigida por Barry Jenkins, diretor do premiado “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, está apenas nas categorias: atriz coadjuvante, roteiro adaptado e trilha sonora original.

Os maiores esnobados foram, sem dúvida, os diretores. Bradley Cooper, Damien Chazelle e Peter Farrelly não foram indicados, apesar de seus filmes figurarem na categoria principal. Caso mais impressionante é o das mulheres diretoras, aclamadas pela crítica e solenemente ignoradas pela Academia. “Você Nunca Esteve Realmente Aqui”, de Lynne Ramsay, ganhou na categoria de melhor roteiro em Cannes, e ela foi eleita a melhor diretora mulher pela Sociedade dos Críticos de Cinema Online de Los Angeles. Indicada pelo voto do público no Festival de Toronto, pelo divertido “Poderia me Perdoar?”, Marielle Heller parece não ter impressionado os membros da Academia. Já “Não deixe Rastros”, de Debra Granik, não conseguiu repetir o percurso de “Inverno da Alma”, seu premiadíssimo filme de 2010. Hollywood e, especialmente o Oscar, continua sendo o grande Clube do Bolinha, onde menina não entra.

Emily Blunt e Nicole Kidman também estão na lista dos menosprezados. Nas outras premiações elas foram indicadas por dois papéis. Blunt está divina na nova versão da babá voadora Mary Poppins e mostra uma nova faceta no terror “Um Lugar Silencioso”, estreia de seu marido John Krasinski na direção, que lhe rendeu o SAG, prêmio do sindicato dos atores, como melhor atriz coadjuvante. Já Nicole Kidman vem escolhendo papéis cada vez mais desafiadores, tanto no cinema como na TV. Em 2018, ela não poderia ter escolhido projetos mais diferentes: em “O Peso do Passado”, ela faz uma policial disfarçada que tenta resolver uma questão antiga e em “Boy Erased: Uma Verdade Anulada”, dirigido pelo também australiano Joel Edgerton, ela interpreta a mulher de um pastor que obriga o filho a passar por um programa de “cura gay”.

Antes de começar a temporada de premiações, Ethan Hawke era dado como nome certo para figurar nas listas de indicações. Em “No Coração da Escuridão” ele interpreta um pastor atormentado pelo passado. John David Washington tem a atuação no DNA: ele é filho do premiadíssimo Denzel Washington. Apesar de ter resistido à atuação – ele tentou a carreira como jogador de futebol americano e chegou a ser sondado pelo St. Louis Rams antes de ir jogar na Alemanha, no braço europeu da NFL – participou da série “Ballers”, antes de ser chamado por Spike Lee para “Infiltrado na Klan”, que lhe rendeu indicações para o Golden Globe e o SAG. O mesmo aconteceu com Timothée Chalamet, indicado ano passado por “Me Chame pelo Seu Nome”. Em “Querido Garoto”, sua interpretação de Nic Sheff, escritor e roteirista das séries “The Killing” e “13 Reasons Why”, e sua luta para se livrar das drogas, não foi suficiente para a Academia.

A primeira e única indicação de Toni Collette ao Oscar foi em 2000, por “O Sexto Sentido”. Depois disso, ela apostou em papéis desafiadores como Tara, a mulher com múltiplas personalidades na série “United States of Tara”, e Joy, em Wanderlust, da Netflix. Mas foi “Hereditário”, filme de terror de arrepiar, que trouxe seu nome de volta às premiações. Só não foi suficiente pra chegar ao Oscar Rosamund Pike, indicada em 2014 por “Garota Exemplar”, poderia ter repetido a dose por sua interpretação da correspondente de guerra Marie Culvin em “Uma Guerra Pessoal”, pelo qual foi indicada ao Golden Globe, mas não está entre as 5 concorrentes deste ano.

Elsie Fisher tem apenas 15 anos, mas está na estrada há 10 anos. Sua participação em “Oitava Série” apaixonou o público, os críticos e os colegas de profissão. Conquistou todos, menos os membros da Academia. Já Charlize Theron, nos últimos tempos tem aparecido mais nas revistas de fofoca que nas listas de indicados. Primeiro foi o fim do noivado com Sean Penn, agora ela tem enfrentado as especulações de que é o novo interesse romântico de Brad Pitt. Depois de uma série de escolhas equivocadas, ela voltou a trabalhar com a dupla Jason Reitman e Diablo Cody, com quem já tinha colaborado em “Jovens Adultos”. Sua performance em “Tully” recebeu ótimas resenhas e uma indicação ao Golden Globe. Infelizmente não será esse ano que teremos a bela Charlize de volta ao Oscar.

Poucos filmes geraram tanta expectativa antes da estreia quanto “As Viúvas”. Essa adaptação do romance de mesmo nome de Lynda La Plante, dirigida por Steve McQueen, vencedor do Oscar por “12 Anos de Escravidão”, reuniu um elenco espetacular encabeçado por Viola Davis, Liam Neeson, Colin Farrell, Robert Duvall e com os novatos Elizabeth Debicki e Brian Tyree Henry, da série “Atlanta”. O elenco, por sinal, ganhou o prêmio da Associação dos Críticos de Las Vegas e Seattle, mas não encantou o povo do Oscar. Uma pena.

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  • Data: 08/02/2019 04:02
  • Alterado:08/02/2019 16:02
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  • Fonte: Lilian Trigo









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