Os riscos da Pré-eclâmpsia e Síndrome de HELLP
A dolorosa experiência de Lexa revela os perigos da pré-eclâmpsia
- Data: 11/02/2025 09:02
- Alterado: 11/02/2025 09:02
- Autor: Redação
- Fonte: G1
A pré-eclâmpsia, uma condição gestacional que pode trazer sérias complicações, é frequentemente associada ao aumento da pressão arterial e à presença de proteínas na urina. Quando não tratada adequadamente, essa doença pode evoluir para a síndrome de HELLP, um quadro ainda mais grave que inclui hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos), comprometimento hepático e redução na contagem de plaquetas.
Recentemente, a cantora Lexa compartilhou com seus seguidores a dolorosa experiência da perda de sua filha Sofia, resultante de complicações severas relacionadas à pré-eclâmpsia e à síndrome de HELLP. A artista estava grávida de seis meses e teve que passar por um parto prematuro em 2 de fevereiro, mas, lamentavelmente, a criança faleceu três dias após o nascimento.
Em uma emocionante postagem no Instagram, Lexa expressou sua dor: “O nosso milagre nasceu! Dia 05/02 minha filha amada nos deixou. Um luto e uma dor que eu nunca tinha visto igual. Vivi os dias mais difíceis da minha vida. Eu senti cada chutinho, eu conversei com a barriga… foram 25 semanas e 4 dias de uma gestação muito desejada!” A cantora também relatou sobre as dificuldades enfrentadas durante a internação, incluindo o uso de anticoagulantes e transfusões sanguíneas.
Especialistas afirmam que a pré-eclâmpsia pode resultar em graves consequências tanto para a mãe quanto para o bebê. Entre os riscos estão convulsões, lesão renal, acidentes vasculares cerebrais e até morte materna ou fetal. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que entre 10% a 15% das mortes maternas anuais são atribuídas a essa condição, sendo que no Brasil é considerada a principal causa desse tipo de óbito.
A ginecologista Karina Peres, do Hospital Israelita Albert Einstein, esclarece que o pré-natal é essencial para identificar fatores de risco e promover intervenções precoces. Ela explica ainda que a síndrome de HELLP representa um estágio crítico da pré-eclâmpsia e pode aumentar significativamente os riscos durante o parto.
Os sintomas da pré-eclâmpsia podem incluir dores de cabeça intensas, inchaço no rosto e nas mãos, ganho rápido de peso, dificuldade respiratória e alterações visuais. Entretanto, muitas mulheres podem não apresentar sintomas evidentes. A causa exata dessa condição ainda é desconhecida; no entanto, alterações vasculares durante a formação da placenta são frequentemente apontadas como fatores contribuintes.
É importante notar que não há cura para a pré-eclâmpsia; o único tratamento definitivo é o parto. Contudo, quando essa situação ocorre antes das 37 semanas de gestação, os médicos devem avaliar cuidadosamente os riscos envolvidos para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê.
Lexa enfatizou em seu relato que tomou todas as precauções necessárias durante sua gestação: “Eu tomei AAS e cálcio na gestação toda… mas minha pré-eclampsia foi muito precoce e grave“. Essa declaração reflete as complexidades envolvidas no diagnóstico e manejo dessa condição perigosa durante a gravidez.