Os perigos do uso de anabolizantes sem orientação médica
Anabolizantes podem causar agressividade, irritabilidade e outros efeitos colaterais psicológicos
- Data: 10/08/2021 12:08
- Alterado: 10/08/2021 12:08
- Autor: Redação
- Fonte: Marcos Cesar Staak
Anabolizantes podem causar agressividade
Crédito:Divulgação
A busca incessante pelo corpo perfeito, aliada ao imediatismo, leva muitas pessoas a usarem indiscriminadamente esteroides androgênicos anabólicos, conhecidos como anabolizantes. Sem orientação médica, essas substâncias podem causar diversos efeitos colaterais, incluindo transtornos psicológicos.
“O esteroide anabolizante não é uma novidade exclusiva dos tempos atuais, desde 1940 existem relatos do uso dessas substâncias por soldados do exército da Alemanha. Quando se fala sobre os efeitos colaterais psicológicos causados pelos esteroides, os impactos são mais difíceis de serem analisados, pois não há parâmetros laboratoriais para tal”, disse o médico Marcos Cesar Staak Júnior, que cita quais as doenças psicológicas mais comuns:
“Durante o uso de esteroides podem surgir episódios de hipomania, mania franca, alterações de humor, agressividade, irritabilidade, distúrbios de imagem e baixa autoestima. Estima-se que 14-57% dos usuários desenvolvem dependência e, em grande parte desses casos, ela é de origem psicológica”.
Para tratar parte dos colaterais psicológicos/psiquiátricos, o médico diz que deve-se começar analisando o contexto geral do paciente.
“Alguns pilares para entender a situação do seu paciente são: Identificar o que foi usado, a origem do que foi usado e a duração do uso. Além disso, deve-se analisar resultados laboratoriais adequadamente e trabalhar com uma equipe multidisciplinar”, explica.
“A vivência clínica e a qualidade da fonte de aprendizado são de grande importância para que se saiba lidar com pacientes com histórico de abuso de esteróides de forma correta. Esse tipo de situação exige um amplo domínio sobre esteroides, colaterais e tudo que abrange esse meio”, completa.
De acordo com Marcos, ao contrário do que muitos pensam, não basta apenas saber prescrever. “O manejo dos efeitos colaterais é um ponto de extrema importância”, conclui.