Opositor de Nicolás Maduro irá a posse de Trump

Líder exilado busca apoio internacional contra o presidente da Venezuela

  • Data: 16/01/2025 18:01
  • Alterado: 16/01/2025 18:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria
Opositor de Nicolás Maduro irá a posse de Trump

Edmundo González

Crédito:Reprodução/X

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Edmundo González, reconhecido pela administração do presidente Joe Biden como o presidente eleito da Venezuela, apesar de estar exilado, confirmou nesta quinta-feira (16) sua presença na cerimônia de posse de Donald Trump. O convite do futuro presidente dos Estados Unidos representa um indicativo significativo sobre as futuras diretrizes políticas em relação à Venezuela.

A chegada de Trump ao cargo levanta questões sobre o rumo que sua administração tomará frente à crise venezuelana, especialmente no que tange à liderança autoritária de Nicolás Maduro. Observadores se questionam se o novo governo adotará uma postura mais agressiva, implementando sanções adicionais, ou se buscará um diálogo com o regime, visando conter a crise humanitária e o tráfico de drogas que afetam não apenas a Venezuela, mas toda a região.

No contexto das recentes movimentações políticas, destaca-se o discurso proferido por Marco Rubio, futuro secretário de Estado dos EUA. Durante uma audiência no Senado, Rubio fez uma contundente crítica ao governo venezuelano, afirmando que “a Venezuela não é governada por um governo, mas pelo narcotráfico”. Essa declaração ecoa a posição da administração anterior, mas as implicações dela podem ser mais severas sob a nova liderança republicana.

Rubio também se manifestou contra a autorização concedida pela Casa Branca para que a Chevron retomasse suas operações na Venezuela em meados de 2023. Ele argumentou que o retorno das empresas estrangeiras contribuiu para a sobrevivência econômica do regime de Maduro: “Empresas como a Chevron estão provendo milhões de dólares para os cofres do regime”, sinalizando que o novo governo poderá reavaliar essa permissão.

A autorização à Chevron foi parte das negociações em torno do Acordo de Barbados, que possibilitou as últimas eleições na Venezuela. Contudo, os resultados foram amplamente contestados como fraudulentos. Rubio enfatizou que as eleições realizadas careceram de legitimidade e que houve sérias distorções na divulgação dos resultados.

No início deste mês, González teve um encontro reservado com Biden e dialogou com membros da futura equipe de Trump, incluindo Mike Waltz, assessor de Segurança Nacional. Tanto ele quanto a proeminente líder opositora María Corina Machado demonstram otimismo quanto ao aumento da pressão dos EUA sobre Caracas sob a nova administração.

Recentemente, Trump expressou seu apoio à dupla através de uma mensagem nas redes sociais, destacando a importância das vozes da oposição venezuelana e reafirmando o compromisso da comunidade venezuelano-americana com uma Venezuela livre.

Após as eleições presidenciais nos EUA, Maduro adotou uma postura aparentemente conciliatória em relação a Trump. Ele comentou que o primeiro mandato do republicano não foi benéfico para a Venezuela e expressou esperança por um “novo começo” em suas relações com os Estados Unidos.

González chegou à Costa Rica nesta quinta-feira após passar pela Guatemala e está se preparando para sua viagem a Washington neste final de semana. Ele deixou temporariamente o exílio concedido pela Espanha e percorreu diversas nações da América Latina. Apesar de ter anunciado planos para retornar à Venezuela no dia da posse de Trump, ele decidiu não fazê-lo devido ao fechamento das fronteiras e ao aumento das medidas de segurança impostas pelo regime.

Com Maduro agora oficialmente empossado para mais um mandato até 2031, a oposição se encontra em uma situação desafiadora diante das manobras políticas do governo.

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  • Data: 16/01/2025 06:01
  • Alterado:16/01/2025 18:01
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