Operação em Rio de Janeiro visa prender envolvidos em assassinato de médicos
Crime revela disputa entre facções e milícias na Barra da Tijuca.
- Data: 20/12/2024 08:12
- Alterado: 20/12/2024 08:12
- Autor: Redação
- Fonte: CNN Brasil
Crédito:Reprodução
Na manhã desta sexta-feira, 20, a Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, deflagrou uma operação com a finalidade de capturar os responsáveis pelo assassinato de dois médicos ortopedistas ocorrido em um quiosque localizado na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. O crime, que chocou a comunidade médica e a população local, aconteceu no mês passado.
A operação tem como alvo o cumprimento de cinco mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão, todos concentrados na zona oeste do Rio. As investigações iniciais indicaram que as vítimas foram alvo de uma fatal confusão, sendo um dos médicos erroneamente identificado como Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, um indivíduo apontado como líder de um grupo miliciano ativo na região de Rio das Pedras.
Segundo relatos da polícia, a motivação por trás do crime está vinculada a uma acirrada disputa territorial entre facções criminosas. A investigação revelou que o Comando Vermelho, uma das facções dominantes, está em busca de expandir sua influência em áreas atualmente controladas por milicianos.
Um dos fatores que intensificou essa rivalidade foi a perda de território por parte do ex-miliciano Philip Motta Pereira, conhecido como “Lesk”. Ele teria solicitado auxílio ao Comando Vermelho para recuperar o controle sobre a área da Gardênia Azul, estratégia que resultou na formação de uma tropa responsável por uma série de assassinatos em bairros vizinhos.
Relatos da polícia indicam que, pouco antes do homicídio dos ortopedistas, um dos líderes do tráfico ordenou a execução de Taillon Barbosa, considerado uma ameaça significativa à estrutura da milícia atuante em Rio das Pedras.
Entre os indivíduos alvos da operação estão suspeitos que já foram mortos pela cúpula do Comando Vermelho durante um tribunal do crime após a confusão que levou à morte dos médicos. Além disso, a investigação também identificou Elias Tiago Torres Leite, conhecido como “Militão”, como envolvido no caso; ele era o motorista responsável por levar os executores ao local onde ocorreu o crime.
Infelizmente, Militão faleceu dias após o assassinato dos médicos em um acidente relacionado a uma tentativa de roubo na Barra da Tijuca, quando pilotava uma motocicleta e se acidentou enquanto tentava abordar uma vítima.