Novembro: Mês da Consciência Negra e Resistência no Sesc Santo André

Programação variada exalta o força e a riqueza da cultura afro-brasileira, com atividades para todas as idades

  • Data: 26/10/2023 08:10
  • Alterado: 26/10/2023 08:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sesc Santo André
Novembro: Mês da Consciência Negra e Resistência no Sesc Santo André

MC Stefanie

Crédito:Divulgação

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Neste mês de celebração da cultura negra e sua resistência, o Sesc Santo André mergulha na efeméride da Consciência Negra com uma programação repleta de atividades que promovem a cultura afro-brasileira e destacam a importância da luta contra o racismo, através de espetáculos de teatro, dança, música, cinema e vídeo e atrações para crianças. O feriado, que tem como data o dia 20 e é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, é uma oportunidade para refletir sobre a história e exaltar a importância dessas pautas no Brasil e no mundo. 

Abrindo a programação, aos sábados e domingos de todo o mês, o espetáculo Luiza Mahin… Eu Ainda Continuo Aqui conta a história de Luiza Mahin, mãe do abolicionista Luiz Gama, e a luta das mães que perderam seus filhos para a violência racial. O espetáculo, que une música, teatro e poesia, é um grito de resistência e um apelo pelo fim da violência policial e patriarcal. 

O Quintas Musicais mescla dança e música em sua primeira apresentação, dia 2, com o Batuque de Umbigada de Piracicaba, que reúne grupos de Piracicaba, Tietê e Capivari, e é considerado o herdeiro legítimo dessa tradição ancestral. Uma demonstração autêntica da cultura afro-brasileira que destaca a importância da preservação dessa herança. Dia 9, o cantor piracicabano Juca Ferreira apresenta o show “Do Rural ao Asfalto”, com músicas autorais que traduzem sua relação com a cultura afro-caipira e o samba de raiz, somado a clássicos da música brasileira. 

Na quinta-feira seguinte, 23, a apresentação de MC Stefanie traz ao Sesc a potência do rap. Com uma carreira marcada pela atitude e versatilidade, Stefanie é referência na cena, tendo divido o palco inúmeras vezes com artistas renomados, além de ter contribuições significativas para gênero. 

Além disso, atividades como o espetáculo para crianças O Black Power de Akim, que ocorre aos domingos, também abraçam essa temática com a afro-narrativa, abordando assuntos como autoestima e respeito, utilizando a cultura africana e o afeto como instrumento para resgatar e fortalecer o orgulho de crianças e adultos, que muitas vezes foi apagada pelo racismo. 

Em novembro, estas e outras programações do Sesc Santo André exaltam a importância da herança afro-brasileira, além de reforçar o compromisso com a promoção da igualdade racial e o combate ao racismo, lembrando que a luta continua e é responsabilidade de todos construir um mundo mais inclusivo e justo. 

Programação: 

Teatro 

Luiza Mahin… Eu Ainda Continuo Aqui
Com Quintal das Artes – Cultura e Entretenimento (RJ)
Uma espiral do tempo traça a história de Luiza Mahin, mãe do advogado e escritor abolicionista Luiz Gama (1830-1882), à de outras tantas mulheres negras de quem os filhos foram subtraídos em séculos de violência racial. Guardam em comum uma dor inominável e o senso de injustiça diante dos modos instituídos de extermínio que estruturam a sociedade brasileira desde a colonização portuguesa. Em Luiza Mahin – Eu ainda continuo aqui, o racismo ganha corpo e memória, que revelam suas repetições incessantes.

Cyda Moreno e as atrizes que a acompanham em cena, carregam no canto, na música e nas palavras essas vivências ancestrais, que se encontram no mesmo destino trágico. Conectam o relato de Mahin ao lamento de mães cujos filhos foram vítimas do genocídio de jovens negros em curso no país, agora mesmo, e clamam pelo fim da violência policial e patriarcal. Erguem a voz em apelo, súplica e luta.

Eis a tragédia contemporânea, diariamente estampada nas páginas noticiosas, e que encontra representação em uma dramaturgia que dignifica a dor, sabendo que ela não se elabora completamente pela arte, tampouco conquista apaziguamento pleno nas lutas por justiça racial. No entanto, o engajamento ainda nesses modos de enfrentamento de um horror que persiste há séculos, sustenta a aposta na vida e na transformação coletiva. 

De 3 a 24/11, sextas, das 20h às 21h
De 4 a 25/11, sábados, das 19h às 20h
Teatro
Não recomendado para menores de 14 anos – Autoclassificação
Ingresso – R$40,00 / R$20,00 / R$12,00 

Dança 

Batuque de Umbigada de Piracicaba

O Grupo de Piracicaba, Tietê e Capivari é considerado o herdeiro legítimo desta tradição ancestral, portanto a representação mais autêntica desta cultura. Nos anos 50 em virtude da percepção dos próprios batuqueiros de sentirem uma ausência de renovação do grupo em suas próprias cidades de origem, fato que levou a juntarem-se as três cidades para formar um único grupo, o GRUPO DE BATUQUE DE UMBIGADA como conhecemos hoje.

Dia 2/11, quinta, das 16h às 17h
Área de Convivência
Livre – Autoclassificação
Grátis – Sem retirada de ingressos.

Música 

Juca Ferreira

show Do Rural ao Asfalto
O cantor piracicabano Juca Ferreira natural da “Terra da Pamonha”, traz para esse show músicas autorais do EP homônimo “Do Rural ao Asfalto” que traduzem sua relação com sua terra natal, com a cultura afro caipira e com o samba de raiz tradicional. No repertório, além de músicas autorais, clássicos de baluartes como Geraldo Filme, Toniquinho Batuqueiro, Adoniran Barbosa, Cartola, Monarco e grandes bambas do samba.

Dia 9/11, quinta, das 20h às 21h
Área de Convivência
Não recomendado para menores de 12 anos – Autoclassificação
Grátis – Sem retirada de ingressos. 

MC Stefanie 

Ela rima, ela compõe, ela: Stefanie, a MC com levada e métrica peculiares que se destaca não apenas por ser uma mulher negra no movimento Hip Hop, mas principalmente pela sua qualidade musical. Nascida e criada em Santo André, foi influenciada pela militância política de consagrados grupos de Rap dos anos 90 e, em 2004, decidiu ousar e criar a sua versão da história. Atualmente, faz parte do casting de artistas da JAMBOX, do grupo Rimas e Melodias e trabalha em sua carreira solo, atuando ativamente nas redes sociais e se preparando para o lançamento de seu primeiro EP. 

Dia 23/11, quinta, das 20h às 21h
Área de Convivência
Livre – Autoclassificação
Grátis – Sem retirada de ingressos. 

Arrente

Arrente é a reunião de toda uma gente através da música proposta pelo quarteto de Laylah Arruda, Arnaldo Tifu, Passarinho – nas letras e vozes – e Caio Laser, beatmaker dos instrumentais que revelam um passeio sonoro diverso, abraçado ao flow temperado do trio de cantores e compositores. A cultura musical popular aliada aos timbres de vanguarda propõe o que o trio batizou de “Música Avançada Brasileira”, então este conceito, MAB, é a poção bebida por ARRENTE ao somar entre si suas trajetórias individuais. 

Dia 30/11, quinta, das 20h às 21h
Área de Convivência
Não recomendado para menores de 12 anos – Autoclassificação
Grátis – Sem retirada de ingressos. 

Cinema e Vídeo

Arte na Cidade
Dir. Onofre Bonesso Jr.

O filme, dirigido por Onofre Bonesso Júnior, apresenta a nova geração de artistas hip hop de São Paulo e região, explorando o movimento cultural em suas diversas manifestações artísticas, como o rap, a dança, o graffiti e o DJ. 

Dia 29/11, quarta, das 19h às 21h
Teatro
Livre – Autoclassificação
Grátis – Retirada de convites a partir do dia

Para Crianças 

Espaço Afro Brincante
com Brincando Na Kebrada

Diferentes objetos africanos nos convidam brincar, elucidar a cultura africana e afrobrasileira, permitindo o conhecimento da história e memória da população negra, promovendo o conhecimento das heranças deixadas pelos nossos ancestrais. O convite é para todas as pessoas brincarem e descobrirem o encanto desses objetos cheios de cultura, tradição e diversão. 

De 4 a 26/11, sábados e domingos, das 12h às 15h30
Espaço de Brincar
Livre – Autoclassificação
Grátis – Sem retirada de ingressos. 

O Black Power de Akim
As vozes, os cantos, os instrumentos, as corporeidades e a narrativa têm morada na Ancestralidade Africana. Inspirado no livro O Black Power de Akin, de Kiusam de Oliveira, tem a própria autora assinando a criação, o roteiro e a direção da afro-narração. Com Ananza Macedo (voz e percussão), Gê de Lima (voz e percussão) e William Paiva (voz e piano), a atração conta a história de Akin, menino negro de 12 anos que precisa da ajuda de seu avô amoroso, Seu Dito Pereira, a resgatar sua autoestima destruída em seu cotidiano escolar pelas práticas racistas reproduzidas entre as crianças. O avô e seus dois irmãos mais novos – Femi e Kaiyn -, fazem de tudo para que cada dia seja vivido com amor e foi preciso que Seu Dito Pereira revelasse um tesouro de família poderoso ao ponto de empoderar a identidade de Akin. Vamos aprender a semear o respeito viajando nessa narrativa? 

De 5 a 26/11, domingos, das 16h às 17h
Teatro
Livre – Autoclassificação 

SESC SANTO ANDRÉ 

Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar – Santo André

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  • Data: 26/10/2023 08:10
  • Alterado:26/10/2023 08:10
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  • Fonte: Sesc Santo André









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