Novas diretrizes para ensino médio são aprovadas pelo CNE
Mudanças visam modernizar e adaptar currículos para demandas atuais e futuras do mercado
- Data: 08/11/2024 14:11
- Alterado: 08/11/2024 14:11
- Autor: Redação/AI
- Fonte: Agência Brasil
Sala de aula
Crédito:Arquivo - Agência Brasil
O Conselho Nacional de Educação (CNE) deu um passo significativo ao aprovar por unanimidade, na última quinta-feira, uma resolução que atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Novo Ensino Médio. Esta medida surge em conformidade com a Lei 14.945, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho de 2024, e promete transformar a estrutura do ensino médio no Brasil.
De acordo com a nova resolução, as mudanças curriculares podem ser implementadas já a partir de 2025, embora sua adaptação seja obrigatória até o início do ano letivo de 2026. A decisão de adaptação dependerá das condições específicas de cada rede de ensino. Em comunicado oficial, o Ministério da Educação (MEC) destacou que mais de 200 técnicos estão sendo capacitados para desenvolver planos de ação personalizados para os sistemas educacionais em diferentes localidades.
A reforma do ensino médio busca tornar a educação mais atraente e significativa para os jovens brasileiros, além de combater a evasão escolar. Um dos principais pontos da nova legislação é a ampliação da carga horária mínima, que passa de 2.400 para 3.000 horas ao longo dos três anos dessa etapa educacional. Cada ano letivo será dividido em 200 dias de cinco horas cada.
O currículo será composto por dois blocos principais. O primeiro concentra-se nas disciplinas obrigatórias estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como língua portuguesa, matemática, ciências naturais e ciências humanas, totalizando até 1.800 horas. O segundo bloco é dedicado aos itinerários formativos, que devem ocupar pelo menos 1.200 horas e são projetados para atender aos interesses e necessidades dos estudantes. As escolas deverão oferecer no mínimo dois desses itinerários, permitindo que os alunos escolham entre áreas como linguagens, matemática, ciências naturais, ciências humanas ou uma formação técnica e profissional.
A aprovação da resolução também aborda mudanças nas avaliações educacionais do país. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) passarão por ajustes coordenados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para se alinhar às novas diretrizes.
Com essas mudanças estruturais no ensino médio, espera-se que os estudantes brasileiros tenham uma experiência educacional mais rica e alinhada às demandas contemporâneas, preparando-os melhor para o futuro acadêmico e profissional.