Museu do Amanhã inaugura exposição ‘Sonhos’

Equipamento já recebeu mais de 6,8 milhões de visitantes

  • Data: 17/12/2024 19:12
  • Alterado: 17/12/2024 19:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Museu do Amanhã inaugura exposição ‘Sonhos’

Museu do Amanhã

Crédito:Tânia Rêgo/Agência Brasil

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O Museu do Amanhã, localizado na Praça Mauá, no coração do Rio de Janeiro, inaugura uma nova e intrigante exposição intitulada “Sonhos: História, Ciência e Utopia”. A abertura está agendada para esta quarta-feira, 18 de outubro, e marca o início das celebrações em homenagem ao décimo aniversário da instituição, que será comemorado em 17 de dezembro de 2025.

A exposição explora a multifacetada natureza dos sonhos, abordando desde os sonhos lúcidos até os lúdicos. A mostra analisa como esses fenômenos têm sido interpretados por cientistas e esotéricos, passando pela influência que exerceram sobre a psicanálise freudiana, sua inspiração para a arte e sua importância para a saúde e bem-estar, além dos sonhos ancestrais e das utopias que almejamos construir no futuro.

Com curadoria do neurocientista Sidarta Ribeiro, a exibição é fundamentada em seu livro intitulado “O Oráculo da Noite: a história e a ciência do sonho”. Segundo Ribeiro, “o conceito central da exposição é que sonhar e materializar as ideias surgidas nos sonhos são essenciais para garantir um futuro sustentável para a humanidade. Os sonhos são uma ferramenta de sobrevivência e um espaço vital para a construção de um futuro melhor, não apenas para nós, mas também para outras espécies ameaçadas pela ação humana.”

A jornada pelos sonhos começa com a instalação intitulada “Labirinto – Somos Descendentes de Sonhadores”, onde os visitantes atravessam um labirinto repleto de ilustrações e jogos de luz e sombra que retratam como diferentes culturas ao longo da história utilizaram os sonhos como instrumentos de decisão e aprendizado. Em seguida, o espaço “Meditação – Sonhar-criar” oferece uma meditação guiada pela voz de Sidarta, complementada por sonoridades brasileiras.

Em colaboração com o Museu de Imagens do Inconsciente, a exposição presta homenagem ao trabalho pioneiro de Nise da Silveira, que valorizou a arte como um meio de revelar as profundezas do inconsciente e contribuir na luta contra os estigmas relacionados aos transtornos mentais.

Um conjunto de 18 obras de renomados artistas que passaram pelo museu, como Adelina Gomes e Fernando Diniz, representa as diversas dimensões acessíveis através dos sonhos. Na seção interativa “O Sono é a Cama do Sonho”, os visitantes têm a oportunidade de vivenciar as diferentes fases do sono por meio de jogos e instalações educativas.

O último segmento da exposição, intitulado “Utopias”, incorpora tecnologia moderna como inteligência artificial e produções audiovisuais interativas. Ao final do percurso, uma Galeria homenageia grandes sonhadores da história, incluindo personalidades como Bertha Lutz, Cacique Raoni e Martin Luther King.

Fabio Scarano, curador do museu, ressalta que os sonhos são um tema que une diversas perspectivas culturais e científicas. Ele explica: “Diversas culturas indígenas fundamentam suas decisões em sonhos coletivos. Em algumas comunidades aborígenes australianas, o sonho é considerado tão real quanto a vida desperta. As maneiras como lidamos com os sonhos são extremamente variadas e ricas.”

Os ingressos para a exposição podem ser adquiridos tanto no local quanto pelo site oficial do Museu do Amanhã, que está aberto ao público de terça a domingo das 10h às 18h; às terças-feiras a entrada é gratuita.

Neste dia 17 de outubro, o museu celebra 9 anos desde sua fundação, recebendo mais de 6,8 milhões de visitantes até o momento. Notavelmente, mais de 40% desse público não tinha experiência prévia em museus. A instituição já promoveu cerca de 50 exposições temporárias e diversas atividades educativas que alcançaram milhares de participantes.

Cristiano Vasconcelos, novo diretor executivo da instituição, atribui o sucesso do museu à gestão inovadora do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), destacando que as receitas provêm de várias fontes sustentáveis. Ele afirma: “A principal fonte vem da Lei Rouanet; no entanto, também contamos com bilheteira, locação para eventos e patrocínios para garantir nossa autonomia financeira.”

No segundo trimestre de 2025, o museu lançará um novo conceito para sua exposição permanente sobre Antropoceno. Além disso, ao longo do ano ocorrerão outras atualizações nas exposições. O espaço dedicado à arte contemporânea será ampliado em 1.200 metros quadrados com o objetivo de democratizar o acesso ao conhecimento científico através da arte.

Desde sua concepção, o museu tem promovido práticas sustentáveis reconhecidas pela certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), refletindo seu compromisso com questões climáticas. Vasconcelos conclui: “O Museu do Amanhã foi criado em um momento especial da história brasileira e se estabeleceu como um importante legado social.”

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  • Data: 17/12/2024 07:12
  • Alterado:17/12/2024 19:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil









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